Hoje os três maiores bancos privados portugueses apresentaram as suas contas relativas ao ano de 2011.
Como não acontecia no nosso país desde que o negócio financeiro foi aberto aos privados em 1984, os resultados apresentados foram negativos. Esses resultados devem-se, não ao negócio bancário em si, mas sobretudo a aplicações em divida soberana, nomeadamente grega.
Ao longo do dia enquanto estes resultados iam sendo divulgados lembrei-me várias vezes dos partidos da esquerda radical que desde que me lembro espumam de raiva de cada vez que eram apresentados os lucros da banca, que chegaram a apelidar de imorais.
O país e a Europa vivem uma crise grave, a banca atravessa dificuldades, o cenário é sombrio, mas, estou certo, haverá quem celebre.
Pois é Paulo a banca teve um ano negro na sua história, a contrariar todos os anos que lucraram milhões e pagaram metade dos impostos que deviam.
Eu estou longe de ser radical de esquerda, mas também estou longe de me sentir triste, ou melhor até estou triste Paulo, sabes porquê?
Porque vou ser eu a ter de pagar o prejuízo, vais ser tu a pagar o prejuízo... não quem investiu mal e tudo a bem da coesão nacional.
Agora pergunto, respondendo a um senhor que disse um dia sobre o dinheiro injectado no BPN, foi um negócio que correu mal ... se a Adro Coelho investir mal ... o Estado irá cobrir o prejuízo?
A nacionalização do grupo BPN foi um erro colossal. Qualquer liberal preferiria que se deixassem 'cair as folhas secas' (usando as palavras do presidente americano aquando da falência de milhares de pequenos bancos durante a Grande Depressão).
Aqueles que querem sempre mais Estado na economia e na sociedade (os de esquerda) defenderam e aplaudiram esta nacionalização.
Boa tarde Paulo
São situações distintas, uma coisa é a banca dar milhões de lucro e ter assim dinheiro para financiar as empresas ... 100% de acordo.
Outra bem distinta é terem milhões de lucro e não pagarem impostos, distribuíram dividendos e não pagaram impostos ... como sempre fizeram e vão fazer.
O BPN devia ter falido e ponto final, aplaudia de pé, e Paulo, bem sabes porque não faliu e bem sabes o que isso custou no nosso défice e vai custar e quantas medidas de austeridade são por causa desta minoria que lucrou milhões...
Cumprimentos,
Mas este ano, por terem tido resultados negativos, não têm base de incidência para cálculo do IRC a pagar e assim não podem contribuir para as receitas do orçamento. Só mesmo os radicais é que têm motivos para celebrar, que era o título do post...
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera