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Quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2012
Recortes da blogosfera

Viciados na mentira

 

Tínhamos todos certificados de habilitações que não serviam para nada passados pelas Novas Oportunidades. Pontes e tolerâncias e ponto consagrados como direitos constitucionais. Todos os dias eram dias históricos porque um evento com a devida cobertura mediática assim o garantia. Éramos todos tão felizes. As principais questões do país eram quem podia casar com quem. Éramos um verdadeiro salão de festas. Medina Carreira era um tremendista. Os ordenados dos funcionários públicos aumentavam 2,9 num ano. E íamos ter aeroportos, TGV, auto-estradas para todo o lado… Essa mistificação acabou neste dia.

Sócrates e Alberto João foram o lado mais grotesco dessa ilusão mas estão longe de ser os únicos. Anda para aí uma legião de gente que todos os dia inventa uma  indignação para justificar não se ter feito antes o que se devia.  Confesso que tenho pouca paciência para essse exercício de auto-indulgência mas reconheço que funciona num país que se viciou na mentira. Mas o que se espera é que PS e PSD apresentam propostas ideologicamente sustentadas  para o país. Que o PS deixe de andar a fazer de conta que é a água oxigenada deste estado que vive acima das sua possibilidades: onde é que estão as propostas socialistas para governar como socialistas sem nos arruinar?  E que o PSD se deixe de esconder  atrás da troika para justificar as medidas que se estão a tomar.

 

Helena F Matos, Blasfémias



publicado por Paulo Sousa às 14:00
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3 comentários:
De Marco a 20 de Fevereiro de 2012 às 16:19
Boa tarde Paulo.

Estou de acordo com alguns pontos deste tópico, está na hora de trabalhar, está na hora de produzir, está na hora de deixarem trabalhar quem quer e principalmente está na hora de deixarem de fora deste labirinto político aqueles que se aproveitam do Estado para enriquecer e que de trabalhadores têm zero.

O Estado português está falido porque os seus gestores são e foram incompetentes.

O país está falido porque as pessoas, eu não, mas a sua maioria viveu acima das suas possibilidades, graças a uma oferta poderosa da banca que permitiu essa realidade.

Mas o país continuará falido enquanto seguirmos o caminho que está a ser seguido, ou melhor, parte dele, estou de acordo que o investimento público deve ser rigoroso senão mesmo nulo, estou de acordo que o Governo deve cortar nas gorduras do Estado, mas deve cortar nas gorduras mesmo e não como está a fazer, que apenas corta naqueles que já pouco têm ,... classe média produtiva.

Sem dinheiro não há consumo, sem consumo não há impostos. sem consumo investimento privado, sem investimento privado não emprego, nem crescimento... haverá mais e mais empréstimos que nunca serão pagos pois não há receita capaz de fazer face à despesa, cortes tu onde cortares.

Cumprimentos,


De Paulo Sousa a 21 de Fevereiro de 2012 às 23:57
O estado português está falido porque os seus gestores decidiram de acordo com a vontade dos portugueses.
O período de negação que ainda vivemos resulta exactamente disso. 90% dos portugueses que têm opinião acham que o Estado devia estimular a economia exactamente como o fez durante os 16 anos anteriores ao presente.
Chega a ser cómico ver comunistas a defenderam teorias Keynesianas... o economista que salvou o capitalismo no fim da Grande Depressão.
A saída será estreita e difícil e ainda é cedo para dizer que a política actual não é a adequada.


De Marco a 22 de Fevereiro de 2012 às 10:06
Bom dia Paulo.

Eu acho que não é cedo, basta ver este 2.º empréstimo à Grécia, justificação mais do que suficiente para perceber que a política está errada, ou grande parte dela.

Eu sou um sonhador, e qual o meu sonho, que as pessoas percebam que um bom gestor é aquele que saiba aplicar todas as boas medidas vindas de todos os quadrantes políticos, sem jogos de interesse, sem a mesquinhez partidária, sem a ideologia de que eu sei tudo e os outros nada, sou um sonhador....

:)


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O Futuro e os seus inimigos

 

de Daniel Innerarity

 

Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental

 


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O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.


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