De PortoMaravilha a 15 de Agosto de 2010 às 15:59
Se o diário Le Figaro fosse totalmente idóneo, acrescentaria que só três países fizeram do mundial um caso de Estado : A Coreia, a Nigéria e a França.

Nuno


De Paulo Sousa a 17 de Agosto de 2010 às 22:51
Olá Nuno,

É um prazer tê-lo aqui no Vale do Anzel.

Sobre o que 'Aconteceu num paraíso socialista' não faz sentido comparar o caso francês com o coreano (não estou a par do caso Nigeria). Este post refere-se ao inequívoco atentado aos direitos humanos e não facto desportivo em si.

Abraço


De PortoMaravilha a 18 de Agosto de 2010 às 23:38
Olá ,

Como vai ? Só agora reparei que o não tinha cumprimentado no comentário anterior. Peço desculpa.

Estive em Portugal uma semana ( aluguei nas praiias de Ovar e depois fui para as Astúrias ) e achei ( já não ia há sete anos ) progressos extraordinários no que diz respeito ao civismo, cotagem de lixo, passeios limpos... Fiquei agradavelmente surpreso.

Mas também é verdade que não se apagam facilmente 50 anos de fascismo-analfabetismo. No fundo, Portugal é um país novo.

Os meus filhos adoraram Portugal.

Quanto ao que escrevi : Não deixa de ser curioso que o governo Francês tenha feito do Mundial um caso de estado. Porquê ?

É claro que o meu país não é a Coreia do Norte ( felizmente ). Mas foi também uma tentativa mal sucedida em tentar desviar todo o debate que existe em torno dos ataques contra as conquistas sociais, os escandalos financeiros ...

Pela primeira vez na história da França desde 1945, o enrequecimento dos mais abastados não favorece o os mais pobres. Algo inédito. E esta análise nem é minha, mas de Coppé que faz parte do grupo parlementar que apoia Sarkozy.

O direito a um mínimo para poder viver com dignidade também faz parte dos direitos humanos, sobretudo num dos países mais ricos do mundo.

E deste ponto de vista, continuo a achar curioso que a França, tal como a Coreia tenha e continue a fazer do Mundial um caso de estado.

Abraço,

Nuno


De Paulo Sousa a 22 de Agosto de 2010 às 23:39
Nuno, sabe que é sempre um prazer conversar consigo.
Por partes.
É sempre agradável saber que alguém apreciou uma visita a Portugal. O período de tempo que passou desde a sua última visita permite-lhe uma análise diferente e mais alargada daquela que fazemos, mas sinto (e não estou só) que já estivemos bem melhor do que estamos.
Sobre o ligação da política ao futebol, não é novidade, acontece desde que o desporto-rei se tornou um fenómeno de massas. Olhando apenas para o último mundial houve mais casos além dos que relatou. Veja-se o caso de Espanha. No dia anterior à final mais de um milhão de pessoas manifestaram-se contra a unidade do Reino de Espanha, defendendo a independência da Catalunha... depois disso se orgulharam pelo feito da selecção e o Rei não se poupou em recepções de Estado aos jogadores e treinador...
Não distingo ditaduras de esquerda e de direita, são todas ditaduras e por isso não concordo em contrapor temas como as conquistas sociais e a liberdade do indivíduo vs estado num debate.
O motivo inicial do post foi a repulsa por um regime que condena um treinador de futebol a trabalhos forçados, por não ter atingido melhores resultados, o que é inqualificável. E acrescento que existem deputados portugueses da Assembleia da República que defendem o regime da Coreia do Norte, o que me deixa quase sem palavras.
Obrigado pelo comentario


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