Golden Gate Bridge, uma das imagens mais conhecidas de São Francisco (sem nevoeiro) e muito parecida com a lisboeta Ponte sobre o Tejo.
Esta é a última imagem desta sequência que tem preenchido o Blog Vale do Anzel desde o seu início. Foi uma viagem fantástica e inesquecível através de um país fantástico.
Com o FMI sairemos finalmente da Irreal Politik que vivemos desde 1995
Fisherman's Warf, o antigo, mas ainda em uso, cais de pesca, rodeado de marisqueiras é uma das atracções turísticas da cidade. Tem vista para a famosa ilha de Alcatraz.
O eléctrico que inspirou os eléctricos de Lisboa (chamavam-lhes 'o americano') nas ruas que o cinema nos habitou a assistir a perseguições policiais.
"Há muito tempo para falar de dívida"
José Sócrates, hoje
Olhando para o gráfico lembro-me do longínquo ano de 1995 em que António Guterres tomou posse como Primeiro-Ministro de Portugal.
No longínquo Agosto de 2009...
Após duas semanas em que muito se falou do Estado Social e com especial ênfase para o Serviço Nacional de Saúde, e em que se assistiu a um alarmismo desonesto por parte do Governo que não hesitou em mentir e assustar os portugueses apenas e só para obter benefício imediato (objectivo suficiente para que o spindoctors socialistas dêem largas à sua fértil imaginação), nada melhor que uma reportagem, a rondar o reality show, em que Judite de Sousa mostra a quem duvide que temos médicos que resolveram um caso que nem nos EUA tinha solução... fantástico!!
RTP Pública ... sempre!! PÊ ÉSSE! PÊ ÉSSE! PÊ ÉSSE!
"Tomás desistiu da escola sem ter concluído o secundário. Graças ao programa criado pelo Governo para aumentar as qualificações dos portugueses, teve equivalência ao 12o ano em poucos meses e entrou na universidade com uma média de 20 valores, conseguida com apenas um exame de Inglês. Ainda assim, concorreu em igualdade de circunstâncias com todos os outros. Oficialmente, é o aluno com a mais alta nota de candidatura ao ensino superior. Admite que beneficiou de uma injustiça."
Hoje no Expresso
O Death Valley tem o seu ponto com menor altitude a mais de 80 mt abaixo do nível do mar. A imagem refere-se à placa que assinala a passagem do nível do mar.
Hoje é o primeiro dia de escola do meu filho, por isso nada mais adequado que aqui deixar uma carta de autoria atribuída a Abraham Lincoln destinada ao professor do seu filho.
"Caro professor,
ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando esta triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou a pedir muito, mas veja que pode fazer, caro professor."
Abraham Lincoln, 1830
A poucos dias de ver o meu filho entrar no sistema de ensino deixo-vos um texto do Nuno Lobo que gostei de ler e que copiei daqui. Não é um texto abonatório ao nosso sistema de ensino, mas considero-o realista e por isso preocupante.
"O desafio da educação nos EUA e em Portugal; algumas diferenças essenciaisOs resultados dos alunos dos EUA nas avaliações internacionais não são melhores do que os resultados dos alunos portugueses, nem os vários problemas educativos com que os americanos se confrontam são assim tão diferentes dos nossos. Mas existem actualmente algumas diferenças essenciais entre os dois países.
Em primeiro lugar, tanto no discurso político, como no discurso dos diversos agentes educativos, transparece nos EUA uma preocupação muito grande face ao baixo desempenho escolar dos alunos, o que faz com que actualmente, ao contrário do que acontece noutros sectores, haja um consenso considerável entre democratas e republicanos acerca dos caminhos a seguir para alterar o estado da educação. Por cá, não só ficamos com a sensação de que o baixo desempenho dos alunos é uma inevitabilidade, como continuamos a discutir à moda das tribos: escola pública de um lado e escola privada do outro – como se as famílias e os alunos estivessem preocupados com a propriedade e gestão das escolas, e não com a qualidade da educação!
Em segundo lugar, não obstante a escola pública ser dominante nos EUA, de há 20 anos para cá os americanos inovam e experimentam programas escolares alternativos, a maioria deles assentes na ideia de ampliação da escolha da escola por parte dos pais, mediante o financiamento público de escolas não públicas. É o caso, entre outros, das charter schools (escolas com contrato) e dos programas de vouchers (cheque escolar). A par desta vontade de inovar e melhorar o sistema, os EUA desenvolvem estudos rigorosos sobre os efeitos destes programas: efeitos no desempenho dos alunos em geral; no desempenho dos alunos que à partida manifestam maiores dificuldades; até os efeitos de concorrência que estes programas alternativos causam na melhoria do desempenho das escolas públicas tradicionais. Os resultados são muito animadores e não deixarão, certamente, de levar, se não à universalização completa dos programas de escolha, pelo menos à ampliação progressiva destes programas.
E esta é também uma diferença muito significativa entre o que se passa do lado de lá do atlântico e o que se passa do lado de cá. Nos EUA, melhor ou pior, vai havendo acesso aos dados estatísticos de educação, e os investigadores põem as mãos na massa para chegar a conclusões rigorosas e credíveis. Por cá, há ainda quem continue a ficar escandalizado com a publicação anual dos rankings escolares – esse pequeníssimo passo na transparência do sistema – e o Ministério teima em ficar com os dados estatísticos guardadinhos só para si, não vá algum grupo de investigadores começar a analisar o verdadeiro estado da educação e dar a conhecer ao público com que linhas nos andamos a coser. (Lembro que ainda não passou um mês desde a demissão de Paulo Trigo Pereira do lugar de coordenador do Observatório das Politicas Locais de Educação, OPLE, motivada pela recusa do Ministério em facultar aos centros de investigação o acesso às bases de dados estatísticos na posse do GEP, Gave, GGF e MISI.)
A título meramente ilustrativo do que estou a falar, dou um exemplo concreto a partir de uma notícia do NYT do início de Setembro. Há alguns meses, uma equipa de repórteres do LAT e um economista da área da educação pediram e receberam os resultados dos testes de inglês e matemática dos alunos do 1º ciclo do distrito escolar. A ideia era fazer um estudo estatístico, capaz de quantificar o progresso dos alunos de um ano para o outro, tendo em conta o contributo dos respectivos professores. Concluiu-se que os alunos de determinados professores progrediram muito e de outros progrediram pouco. Os resultados foram publicados. As consequências deste conhecimento por parte dos pais são mais ou menos evidentes. É claro que nem todas as pessoas ficaram igualmente agradadas. Não vou analisar agora os méritos ou deméritos do estudo e da política subjacente (pode ler a notícia aqui para ficar a par dos pormenores e reacções), mas apenas salientar que são estes pequenos passos, muitas vezes experiências cujo êxito terá de ser avaliado num segundo momento, que abrem a possibilidade de os EUA virem um dia a situar-se entre os países com melhores resultados educativos, um lugar que eles não se limitam a ambicionar mas antes consideram ser o seu lugar natural.
Por Portugal, continuamos a brincar à educação, com o Ministério a perder tempo e energia com a pequena politica (leia-se: gestão de cada uma e de todas as escolas) em vez de se dedicar à grande politica (leia-se: criar as condições de possibilidade para toda a sociedade contribuir para mudar e melhorar a educação das crianças portuguesas)."
Passados nove anos do 11 de Setembro, confirma-se o que alguém disse logo após o ataque a NY, o mundo mudou nesse dia.
Após as intervenções no Afeganistão e no Iraque, é óbvio que apenas a primeira destas fez sentido. A esta distância é fácil concluir que o esforço dispendido pelos EUA e seus aliados na antiga Babilónia teria tido mais frutos se tivesse sido concentrado no Afeganistão assim como em algumas regiões do Paquistão, conhecidas por Zonas Tribais, onde as autoridades formais não tem poder efectivo. É nestas Zonas Tribais que os terroristas recrutam e treinam jovens para combater a civilização ocidental. Depois do 11 de Setembro ficamos a saber que esta ameaça é efectiva.
Os governos dos países da Nato, que dependem dos respectivos eleitorados, sentem falta de apoio da opinião pública para dispender o esforço necessário para eliminar esta ameaça.
Ao contrário do sentimento para com o que se passa muito longe, verificam-se alguns sinais de intolerância para o que está próximo, e que é o vizinho diferente, especialmente para com os muçulmanos.
Não sei o que se irá passar com a ameaça da queima do Corão por parte de um qualquer pastor radical na Flórida, mas a confirmar-se será exactamente o contrário do que necessitamos. Os radicais islâmicos, uma minoria ávida de poder, não hesitarão em usar este facto para incentivar ainda mais os seus seguidores. Além além da Real Politik sabemos que a queima de livros esteve sempre associada a períodos negros da história da humanidade e só quem estiver interessado nisso pode apoiar a ideia.
Da mesma forma, acho que o impedimento em construir uma Mesquita numa área próxima do Ground Zero, seria aproveitado pelos radicais islâmicos e por isso não seria desejável. Pelo contrário, a autorização da sua construção, mostra ao Islão e ao mundo que o Ocidente respeita todas as crenças e daí sobra uma lição de tolerância, palavra que não rima com 11 de Setembro.
Há dias falei-vos do espectáculo das fontes do Bellagio, mas só mais tarde me lembrei de procurar no Youtube se havia algo sobre o assunto... claro que sim e com mais de um milhão de visitas.
Uma das inúmeras capelas onde são celebrados os famosos casamentos de Las Vegas, válidos apenas após confirmação oficial dos noivos, que pode ser feita no prazo de um ano.
Imagens do espectáculo de luz, som e de jactos de água do Bellagio Hotel e Casino, palco dos filmes Ocean's Eleven e Ocean's Thirteen.
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera