Já várias vezes disse que Pedro Passos Coelho não me entusiasma, mas assumo que gostaria bastante de estar enganado.
Ao contrário do que muitos dos esclarecidos analistas que têm avaliado como desastrosa a estratégia de negociar a abstenção ao OE com o governo (não estamos a falar de um voto favorável), parece que PPC está a conseguir levar a água ao seu moinho. Pelo caminho soube lidar com a retirada de apoio dos chamados notáveis do partido, e até de Angelo Correia, o seu mentor político, mostrando assim alguma teimosia e até coragem política.
Os mesmos analistas também já tinham criticado PPC pelo momento escolhido para o lançamento da revisão constitucional, que lhe terá custado alguns pontos nas sondagens.
Segundo a sondagem da Universidade Católica divulgada esta semana, o PSD descolou do empate recente e subiu para os 40% das intenções de voto, enquanto o PS desceu para 26%, valor que já não verificava desde o final dos anos 80.
Olhando para imagem acima o que imediatamente pensei foi que com a arrogância que o PS (Partido Sócrates) nos tem habituado, o espaço a cinzento entre as bancadas laranja e rosa terá de ser ocupado por stewards.
Perante estes dados, que surgem exactamente na sequência da dita negociação do OE, os mesmos sempre infalíveis analistas dirão que tudo resulta de um acaso e da incompetência do Governo, até porque em democracia a oposição nunca conquista o poder mas é quem está no poder que se deixa derrotar.
Mas enquanto eles ridicularizam a estratégia do PSD, PPC além de ter lançado a revisão constitucional, afirmou há dias que "há direitos adquiridos que o deixam de ser quando o Estado não os puder resolver". Apesar de óbvia esta declaração merece um destaque que os media não lhe reconheceram. Ao violar a fronteira do politicamente correcto em matérias que nenhum político ousou beliscar nas últimas décadas, PPC assumiu que tem de se mexer nos direitos dos intocáveis, e a revisão constitucional está em curso. Dessa forma ganha legitimidade para o fazer caso venha a ser eleito, o que a cada dia que passa se torna mais inevitável.
Independentemente da sua capacidade levar a cabo as mudanças necessárias para que o país volte a devolver a economia à iniciativa privada e assim volte a criar a riqueza para conseguir pagar as dívidas criadas pela bebedeira socialista que vivemos nos últimos 15 anos, o que o eleitorado não duvida é que o canário canta bem (opinião com a qual nunca concordei) mas está a dar cabo da gaiola e por isso tem de se escolher outro pássaro para o seu lugar. Saiu-nos muito caro e demorou muitos anos mas espero que esta semana tenha marcado o ponto de viragem.
Quem duvidar, veja esta avaliação do desempenho do Governo, com 80% dos inquiridos classificam como Mau e Muito Mau.
UGT marca Greve Geral conjunta com a CGTP
Tudo no mesmo dia.
Como diria uma amiga minha: "Alguém tem aí uma lâmina? É apenas para cortar os pulsos..."
Das negociações entre o PSD e PS, sobre as quais se chegou a pensar que chagariam a bom porto, sobram duas ideias chave:
- a posição dialogante de Teixeira dos Santos mudou depois de ter reunido com Sócrates;
- o desvio da execução orçamental do ano corrente é de um valor superior a 2 mil milhões de euros;
Quem tivesse dúvidas deixou de as ter. Sócrates procura desesperadamente uma desculpa para se demitir antes da chegada do FMI.
Ao longo do muro de Berlim existiam alguns pontos de passagem controlados por militares, conhecidos por checkpoints. Foi o terceiro deles, ao qual foi atribuída a letra C, que se tornou mais famoso. Segundo a linguagem fonética utilizada pela Nato o C corresponde a Charlie, e assim ficou conhecido o ponto de passagem no centro de Berlim.
Este local é referido várias vezes nas obras de John LeCarre. Ali foram trocados espiões, desfilaram tanques e ali bem próximo foram abatidos cidadãos de leste que estavam fartos do paraíso. O Checkpoint Charlie foi por isso um dos palcos da Guerra Fria.
Após a queda do muro, o posto foi convertido num Museu.
(clique para ampliar)
Na imagem algumas das imensas tentativas de fuga do mundo controlado pelo primeiro estado operário. Entre 1961 e 1989 muitas dezenas de pessoas morreram a tentar sair desse 'maravilhoso mundo'.
Monumento erigido após a reunificação da Alemanha que se encontra na Tauentzienstraße. Ao fundo a Keiser-Wilhelm-Gedachtnis-Kirche de que falei ontem.
No passado dia 11 o Liberation fez noticia sobre um assunto que parece ser tabu nos media portugueses. Desde há cinco anos emigraram 350.000 portugueses! Todos os portugueses conhecem alguém que emigrou há poucos anos, mesmo antes da famosa crise financeira internacional.
Os principais destinos são o Reino Unido, Espanha, Suiça e Angola.
Este será também um dos legados da governação socialista.
A Keiser-Wilhelm-Gedachtnis-Kirche é uma igreja envangélica que se encontra na Breitscheidplatz.
Este igreja foi gravemente atingida pelos bombardeamentos aliados durante o final da Segunda Guerra Mundial, e mais tarde recuperada, mantendo no entanto uma apetência semi-destruida. É uma das imagens de Berlim.
Já todos ouvimos falar em jovens portugueses que por cá por estudaram e que por falta de mercado nas respectivas área acabaram por ir viver para fora do país.
Algumas áreas de trabalho, pela inovação e arrojo como a do Design, sempre tiverem uma dificuldade especial em absover mão-de-obra especializada.
Em resultado disso jovens portugueses, saídos há pouco tempo das faculdades portuguesas, vão criando núcleos de criatividade nos locais onde residem. Produzem e apresentam-se em exposições como portugueses.
Até ao próximo dia 31 de Outubro, diversos designers portugueses expõem colectivamente na Dutch Design Week, em Eindhoven, sob o nome MADE OUT PORTUGAL.
Um ícone incontornável de Copenhaga, a pequena sereia, Den lille havfrue em dinamarquês, é uma personagem de um conto de fadas de Hans Christian Handersen.
O Sr. Manuel é o habitante mais idoso do Juncal. É viúvo e mesmo vivendo sozinho recusa o serviço de refeições do Centro de Dia.
Nunca foge a uma conversa, antes pelo contrário. Tempo para conversar é coisa que, segundo o conceito de quem tem menos idade, gosta de esbanjar.
Hoje disse-me que, depois de 94 anos de vida, se todos pensassem como ele não haveriam guerras, nem miséria sem amparo.
Ouvir alguém com esta idade e com esta lucidez é como ouvir alguém que vive numa camada superior de existência, quase como se usufruisse de uma atitude filosófica permanente.
Nyhavn é o porto tradicional de Copenhaga. As fachadas coloridas dos prédios, os restaurantes e a vida noturna à volta deste antigo porto, só por si merecem a deslocação.
Copenhaga fica na ilha da Zelândia. Para lá chegar o comboio entra num Ferry Boat em Puttgarden na Alemanha para sair depois em Rødbyhavn já na Dinamarca.
Grote Markt, a praça central de Antuérpia, a capital mundial do comércio de diamantes. No centro da praça a estátua associada à origem do nome da cidade. A imagem representa alguém a lançar uma mão, 'hand werp' do flamengo 'lançar mão'.
Há varias semanas que o principal assunto da vida política nacional é o Orçamento de Estado 2011. Deixou de haver vida (política) para além do défice, e isso colocou todo o país à beira de um ataque de nervos.
Para uns a culpa é da crise e da ganância dos neo-liberais de Wall Street e até dizem que o mundo mudou nos últimos quinze dias, estranho não bocejarem durante a frase pois antes disso, e apesar dos avisos, deviam estar a dormir. Outros dizem que a situação exige responsabilidade e talvez por isso sabem que não podem contar com o BE nem com o PCP. Outros ainda deveriam lembrar que há pouco mais de um ano, durante a campanha eleitoral, avisaram que tudo isto iria acontecer e que estão na oposição porque os portugueses preferiram acreditar na poesia socialista. Em vez disso deixaram-se encurralar pelo PM e os seus chacais, chegando a uma situação em que aparentemente têm de escolher entre o suicídio político e a falta à palavra dada.
Será mesmo que o chumbo do OE por parte do PSD seria um suicídio político, nomeadamente do seu líder PPC? O que pensariam os portugueses se PPC se assumisse como um escravo da sua palavra e chumbasse o OE, simplesmente porque o disse quando deixou passar o PEC II. Seria interessante ver a reacção dos portugueses, habituados a políticos mentirosos e bem sucedidos, perante alguém que simplesmente assume o que diz.
Valerá a pena perder a palavra para manter um equilíbrio falso e podre? O que ganharemos com isso? A lógica imediatista do xadrez político dirá que ao PSD interessa adiar as próximas legislativa, porque é previsível que quanto mais tarde mais escândalos o PS transportará consigo. Mas no cenário do OE passar, o que fará o PSD caso o Governo peça de seguida uma moção de confiança?
Segundo o Semanário Sol, o chumbo do OE poderia levar três bancos 'ao fundo'. Ao ler isto pensei que se um deles não será o financiou esse mesmo jornal. Esta frase é também um bom exemplo do sucesso dos spin doctors de Sócrates, pois faz sentido que as consequências que todos temem possam ocorrer sim na sequência da demissão do Governo, que se fosse responsável (já nem digo que não nos colocaria na actual situação) teria de negociar o actual OE, e em vez de se demitir deveria apresentar um segundo orçamento.
PPC além destas questões, e de outras que não serão conhecidas do grande público, tem também de conseguir convencer os deputados do PSD a votar contra, e importa lembrar que os deputados do PSD foram escolhidos pela anterior Direcção que sabemos ser partidária da abstenção. Caso seja essa a indicação de voto do partido, quantos a seguirão ou quantos estarão presentes durante a votação? Este é também um problema que decorre das guerras internas do PSD.
Ouvi há dias, e não podia estar mais de acordo, que os próximos dias ficaremos a conhecer a verdadeira essência política dos actuais intervenientes da política nacional.
Aguardemos então com a serenidade característica de um povo com consegue ser sereno, mesmo quando está a ser espancado.
Fotografia tirada no interior da Estação Central de Antuérpia (Centraal Station), na data Capital Europeia da Cultura. Esta estação é um edifício notável que bem poderia ser um Museu.
Esta foi também uma foto tirada em 1993 e tem como aspecto mais curioso o relógio (à esquerda do círculo vermelho) que assinalava em contagem decrescente, os segundos que faltavam para o ano 2000.
Esta é apenas mais uma foto de uma avenida muito famosa e muito fotografada, mas com os anos (foi tirada em 1993) vai ganhando interesse pelos modelos dos automóveis da época.
Ao fundo o Arco do Triunfo.
Hora de descanso na casa de chá no centro do parque Shahr. As árvores abafam o ruído da cidade e assim permitem a existência de uma ilha de sossego numa metrópole com um trânsito muito intenso.
Em jeito de conclusão desta série de fotos, sublinho que apesar da imagem internacional do Irão não ser simpática, as pessoas são muito agradáveis e a curiosidade para com o estrangeiro leva a que facilmente se estabeleça uma conversa. A barreira linguística está sempre presente, mas isso nunca impossibilitou um português de comunicar.
O Samand é uma das várias marcas iranianas de automóveis. Ao contrário da imagem que os media nos possam ter criado, a industria automóvel iraniana é um dos indicadores da sofisticação da sua economia e da capacidade da sua engenharia. Poderemos também pensar que será o embargo a que o país está sujeito que explica o sucesso destas marcas, mas observando com detalhe notamos que exporta carros para um número razoável de países.
Chamo a atenção do carro fotografado utilizar gás natural como combustível e também à sua matrícula em numeração persa.
Aproveitando a notoriedade resultante da publicação de um texto meu no blog Delito de Opinião, deixo aqui o link para três posts de minha autoria publicados em Novembro passado, no extinto blog Vila Forte, sobre os casamentos gay.
Apesar de estarmos perante um facto consumado, uma vez que a lei em causa já foi aprovada, mantenho tudo o que escrevi e acrescento que o actual estado do país resulta também da capacidade que o governo socialista tem tido em desviar as atenções dos portugueses da realidade. Este é um dos melhores exemplos disso. Quem duvidar, basta ver quantos casamentos gay já foram contratados, quantos entre cidadãos nacionais e em quanto aumentou o endividamento externo do país desde que entendeu necessário dar este grande passo rumo a um Portugal melhor.
Não posso deixar de agradecer a gentileza do Pedro Correia pela oportunidade de poder escrever entre tão ilustres bloguers.
Um abraço a todos
Muito Obrigado
O Bazar de Teerão é um clássico bazar do Médio Oriente, mas simultaneamente, tal como todos os outros, é único. Segundo o Lonely Planet, os seus mais de dez quilómetros de ruas são um território nunca conquistado pelos topógrafos. De facto o emaranhado de ruas é fantástico e a recomendação que se impõe é, não recear perder-se mas apenas circular livremente de rua em rua, de cruzamento em cruzamento, até sair para o exterior. À saída o melhor é mesmo apanhar um taxi e regressar ao local por onde se entrou no bazar.
Considerando diferentes fontes, a cidade da Teerão tem entre 10 e 12 milhões de habitantes, sendo que à noite esse número reduz-se para os 7 a 8 milhões. Esta diferença permite imaginar o imenso volume diário de trânsito.
Esta imagem foi recolhida do Monte Tochal a cerca de 2200 mt de altitude. Muitos habitantes de Teerão tem um grande gosto pela caminhada e a subida ao Monte Tochal é um percurso muito frequentado, especialmente à Sexta-Feira, dia de descanso semanal, que podemos comparar ao Domingo no mundo ocidental.
A vista é imensa e arrebatadora.
Falar de “Estado social” faz tanto sentido como falar de uma Inquisição tolerante ou de uma Máfia honesta.
Ler o resto aqui
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera