«A TVI lá fez mais uma entrevista a Sócrates, ajeitando-se à agenda do líder do PS. Como se comprovou no final, a entrevista foi, para o país, totalmente inútil. Zero de conteúdo. Quaisquer que sejam as perguntas, ele repete à exaustão as mesmas cinco frases memorizadas. Hábil a intimidar entrevistadores, ignora-lhes as perguntas, debitando o menu decorado e queimando tempo.
Judite Sousa não colocou diversas perguntas importantes e não obteve respostas às que colocou. Resultado: um festival de propaganda pessoal, mais um em poucas semanas. Sócrates só falou de si mesmo — o seu tema preferido — ou repetiu as cinco frases combinadas lá na Central de Propaganda. E, ajudado pela entrevistadora, alimentou a agora habitual confusão total entre primeiro-ministro e secretário-geral do PS.
A estranha última pergunta de Sousa sobre a vida privada de Sócrates foi colocada ao secretário-geral do PS na sede do governo de Portugal. Sousa apresentou Sócrates como "divorciado" e "com dois filhos" e perguntou-lhe se "tenciona fazer campanha eleitoral com a família". Recorde-se que nas presidenciais apareceram familiares de todos os candidatos nas campanhas e nenhum jornalista, nem Sousa, os interrogou sobre isso.
A pergunta permitiu a Sócrates fazer exactamente o que disse que não vai fazer: usar os filhos. Mencionou duas vezes o "amor aos meus filhos". Disse também "sempre os procurei proteger". Ora, na campanha de 2009, em entrevista à SIC, Sócrates fez "referências premeditadas" aos filhos (como lhes chamou então um dirigente da agência de comunicação LPM). Também a sua vida privada foi usada em ocasiões escolhidas a dedo ao longo dos anos. Mais de uma vez as revistas cor-de-rosa souberam com antecipação onde ele estaria em momentos "privados" com uma alegada namorada; e numa entrevista ao Diário de Notícias na campanha de 2009 ele falou da alegada namorada (i, 21.09.09).
Na acção mediática de Sócrates não há nada, mas rigorosamente nada, que surja ao acaso. As "respostas" em entrevistas são frases decoradas. Toda a sua agenda e a do Estado que comanda estão planeadas para obter ou evitar efeitos mediáticos. Por exemplo, a correcção para baixo do défice foi divulgada pelo INE no sábado de Páscoa, com o país político ausente. A gestão de danos é brilhante: a Central obliterou Teixeira dos Santos dos media quando este, a bem de Portugal, traiu Sócrates e falou da necessidade da ajuda externa.
A Central vai debitando diariamente pequenos "casos" para a imprensa: através de dirigentes e outras figuras do PS (as ordinarices de Lello não são "arreliadoras deficiências tecnológicas" mas declarações públicas calculadas, cabendo a Lello o papel de abandalhar os políticos em geral); ou através de "fontes", ou nem isso, como nas campanhas negras na Internet. Essa acção permanente da Central, 24 horas por dia, desgasta os adversários, em especial o principal partido da oposição, sem a mínima preparação para enfrentar uma organização profissionalíssima, que hoje atingiu a dimensão de um embrião de polícia política de informações, agindo exclusivamente através dos media e Internet, directamente ou através de apaniguados ou ingénuos.
O desgaste dos adversários ainda está no princípio. Dado que Cavaco Silva e os ex-presidentes pediram uma campanha eleitoral esclarecedora, caberá à Central de Propaganda oculta e semi-secreta ao serviço do PS encher os media e a blogosfera de "casos", invenções, mentiras, factóides descontextualizados, etc. Esta Central tem acesso a informações, por métodos quase científicos de busca, selecção e organização de informações, a que os jornalistas não têm ou não podem ter acesso, ou nem sonham que existem. A Central conhece o passado de todos quantos agem no espaço público e ousam desagradar ao PS-Governo. A Internet é usada para divulgar elementos "comprometedores" da sua vida. Fernando Nobre e família foram alvo desses ataques mal ele se candidatou pelo PSD. Nos EUA tem crescido igual tipo de desinformação, como a campanha negra por republicanos mais primários de "dúvidas" acerca da nacionalidade de Obama.
A brutalidade da desinformação e das campanhas negras atinge não só os adversários políticos, mas todos os que exerçam livremente a liberdade de expressão. Como o PS-Governo vive exclusivamente dos media, a Central visa em especial os comentadores e jornalistas que considere fazerem algo negativo para os seus interesses.
A jornalista Sofia Branco foi recentemente demitida de editora na agência LUSA por se ter recusado, com critérios editoriais, a pôr em linha uma "notícia" oriunda da Central de Propaganda. Recorde-se que o director de Informação da LUSA foi uma escolha pessoal de Sócrates e que o seu administrador principal é amigo pessoal de Sócrates. A demissão teve carácter de exemplo, pois visa recordar a todos os jornalistas, começando pelos da LUSA, que "quem se mete com o PS leva".
O caso revela a Central em acção. Uma correspondente da LUSA recolheu uma declaração dum assessor do primeiro-ministro que este atribuiu a Sócrates. A editora da LUSA não quis divulgar declarações dum assessor como se fossem de Sócrates (dado que não eram de Sócrates!); disponibilizou-se para ouvi-las do próprio, mas o assessor negou a hipótese. A editora rejeitou a "notícia". Acontece que a Central precisava que a "notícia" fosse vomitada para os media naquele dia; por isso, a chefia da LUSA soube logo do caso e colocou a "notícia" em linha; a editora foi liminarmente demitida, retaliação que já seria de dureza totalmente desajustada ao normal funcionamento de uma redacção se a editora tivesse procedido mal. No dia seguinte, Sócrates disse a tal frase que fora dita pelo assessor: é o habitual processo de inculcação pela repetição.
Sofia Branco foi demitida por ser jornalista. Se houve "quebra de confiança", como a direcção socretista da LUSA invocou, não foi no profissionalismo da editora, mas sim quebra de confiança da Central de Propaganda numa jornalista que agiu como jornalista. "Hoje, 27 anos depois do 25 de Abril, faz-se jornalismo com medo", disse Sofia Branco ao P2 (25.04).
A pressão infernal sobre os jornalistas deu resultados extraordinários nestes seis anos. Somada a campanhas negras e cumplicidades no seio dos media, permitiu a Sócrates ganhar em 2009 e está a permitir-lhe recuperar nas sondagens em 2011.
A estratégia da Central para esta campanha já está delineada. Um dos elementos tem passado despercebido: através de pessoas como Lello e de comentários anónimos produzidos pela Central e despejados na blogosfera e caixas de comentários, repete-se a ideia de que os políticos são todos iguais, todos corruptos, nem vale a pena ir votar. A Central sabe que a percentagem do PS pode subir se a abstenção crescer. O paradoxo de um partido fomentar subrepticiamente a abstenção explica-se: como os eleitores mais livres votariam mais facilmente na oposição, neutralizá-los diminui os votos nos outros e aumenta a proporção relativa do núcleo duro dos eleitores do PS.
Outro elemento que favorecerá essa estratégia será a habitual forma de as televisões cobrirem as campanhas na estrada. Apesar da crise no país, é provável que a cobertura televisiva se concentre, como habitualmente, nos almoços da "carne assada", nas declarações da velhota na rua, do comerciante à porta, do militante de reduzida inteligência, no "isto está uma loucura" do jornalista empurrado por jornalistas, etc. Enfim, fait-divers sem conteúdo político e sem relação com o discurso dos responsáveis partidários.
Se as televisões juntarem às habituais reportagens da "carne assada" e da velha que grita na rua alguma cobertura aos "casos" emanados da Central, estará lançada a confusão que serve um único entre todos os partidos: o PS-Governo. Tudo o que não esclareça políticas, divirja para os "casos" do dia e para o diz-que-disse, em que a Central tem mestria absoluta, servirá para impedir um esclarecimento mínimo (desfavorável a quem governou) e para induzir descontentes a absterem-se. Se fizerem uma cobertura das campanhas como a de 2009, as televisões estarão a colaborar, não indirecta, mas directamente com a governação dos últimos anos e com a aplicação concreta, diária, da estratégia de desinformação e propaganda. »
Eduardo Cintra Torres, Público
Copiado daqui
- Enquanto o FMI trabalha, o Primeiro-Ministro vai para banhos no Algarve.
- A troika da UE tenta evitar a bancarrota tuga e ao mesmo tempo o governo oculta informação e prepara um programa de governo baseado num défice que só existe na cabeça do Primeiro-Ministro.
- Se não houver acordo para um financiamento do FMI, as responsabilidades do Estado do mês de Junho não estão asseguradas.
- Questionado sobre o projecto do TGV o divertido Ministro das Obras Públicas afirma: "Não há nenhuma alteração".
Bem vindos a Portugal !!
O programa eleitoral do PS ontem apresentado por José Sócrates, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, apresenta os números do défice incorrectos.
Francisco Assis considerou “muito perigosa” a proposta avançada pelo grupo “Mais Sociedade” para que o recurso ao subsídio de desemprego implique uma redução de direitos na pensão de reforma.
Depois de seis anos de regabofe irresponsável, ainda conseguem fingir que não será o FMI a decidir o que irá restar do Estado Social, seja lá o que isso for.
- Défice de 2010 revisto em alta para 9,1 por cento do PIB
- Governo culpa oposição por “situação económica em Portugal”
Alguém me explica, sem recorrer à palavra 'ridículo', como se pode associar a justificação do governo para a “situação económica em Portugal” e os factos agora revelados pelo INE?
Será que a falta de verdade implícita à actual situação faz parte das conquistas de Abril?
... a liberdade não for refém da esquerda.
- Sócio, se o Socrates ganhar vão chegar todas as semanas charters cheios de politólogos para estudar o nosso país.
Num cenário de Sócrates voltar a ser PM (cruzes canhoto!!) seria interessante ver quem aceitaria ser o seu Ministro das Finanças.
- Oh Paulo, porque é que os presidentes mentem?
Tiago, 7 anos
Depois de amaciar a função pública com a tolerância de ponte, nada como forçar uma redução de défice à custa de atrasos de pagamento e outras operações que mais não são que adiar despesas em vez de cortar nos excessos. Sócrates igual a si próprio. Vale tudo.
"No reino dos seres vivos, o ser humano é o único que sabe que há futuro. Se os humanos se preocupam e esperam é porque sabem que o futuro existe, que ele pode ser melhor ou pior e que isso depende, em certa medida, deles próprios. Mas saber isto não implica que eles saibam também o que devem fazer com esse saber. E reprimem-no com frequência, porque pensar no futuro distorce a comodidade do agora, que costuma ser mais poderoso do que o futuro porque é presente e é certo; o futuro é, em contrapartida, uma coisa que tem de ser imaginada antecipadamente e que por isso mesmo é sempre incerta. Dar-se bem com o seu futuro não é tarefa fácil, para a qual o instinto nos tenha assegurado a impossibilidade de engano; por isso é muito frequente que nos relacionemos mal com ele e o temamos em demasia ou que esperemos contra todas as evidências, que nos preocupemos excessivamente ou muito pouco, que não sejamos capazes de o antever ou de o configurar na medida do possível.
Algo de semelhante acontece com as sociedades: também estas devem desenvolver essa capacidade de olhar para além do momento presente, e também elas o fazem com desigual fortuna. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, se debruçam sobre o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas precaução e improvisação. A partir dos anos 70 do século passado o futuro introduziu-se na nossa agenda, mas menos como âmbito de configuração do que como realidade problemática: irrompem os limites do crescimento e as sombrias perspectivas ecológicas, tematiza-se o risco, instala-se a crise da ideia de progresso… os cidadãos mostram-se céticos perante os convites a avançar para horizontes não imediatos, e os políticos à vontade seguindo-lhe o exemplo. Hipotecamos socialmente o tempo futuro de várias maneiras e exercemos sobre as gerações vindouras uma verdadeira expropriação temporal."
A avaliar pelos lamentáveis episódios dos últimos dias, já dá para perceber que esta campanha eleitoral promete ser lamentável. A única maneira de não se discutirem os problemas do País será discutir até à náusea todos os assuntos irrelevantes. E é isso que os socialistas tentarão fazer.
Trata-se de um sintoma de uma patologia cada vez mais crónica na nossa sociedade, a negação da realidade. Existe muito nas famílias divididas, nos casais à beira do divórcio, nas empresas perto do colapso, nos países com más elites.
Fala-se durante tempos imensos sobre coisas laterais e escondem-se os temas importantes. O que possa ser incómodo é ignorado.
A crise não explica tudo, sobretudo não explica o clima de violência verbal quando estala o verniz numa simples conversa sobre clubes de futebol. Imagino que o mal seja mais profundo e que muitos portugueses, de facto, acreditem que estamos a entrar num período de declínio irreversível. Um deslizar fatalista para o desastre.
Os eleitores sabem que isto falhou tudo, que estão perante a perspectiva do empobrecimento acentuado num horizonte de uma década, mas a responsabilidade é algo difusa, imprecisa. Ouvimos dizer que "a culpa é de todos" e questionamo-nos sobre a nossa culpa. "Que fiz eu de errado, senão trabalhar como um louco e para o país acabar nisto?"
Ao fim de um ano de sacrifícios mal distribuídos, estamos perante a perspectiva de um resgate internacional onde aparecemos como pedintes irresponsáveis. Os nossos parceiros europeus (supostamente mais do que simples aliados) humilham-nos como não aconteceu em intervenções anteriores. E, desta vez, não temos a margem de manobra do passado, não podemos desvalorizar a moeda, sendo a dívida bem mais elevada.
Seria lógico que o País estivesse a discutir o seu modelo económico, que fracassou em toda a linha; a mudar tranquilamente as elites políticas, que não souberam ou não quiseram actuar. Mas parece existir uma paralisia da inteligência que transforma todos debates em berratas laterais, todas as discussões em trincheiras.
Os socialistas estiveram no poder nos últimos seis anos e presidiram a um processo de endividamento sem precedentes, surdos a todos os avisos, concentrados em satisfazer a avidez das suas clientelas. E, no entanto, a comunicação social parece aceitar bovinamente que não haja discussão sobre esta herança.
A negação da realidade que se instalou nos últimos anos é um fenómeno muito perigoso. Nas famílias divididas acaba em zangas de décadas; os casais, em divórcios mais dolorosos, com as crianças transformadas em armas de arremesso. As empresas e os países, esses, caminham para a falência e para o conflito civil.
Encarar a realidade é a nossa única saída. Os portugueses devem exigir uma campanha política transparente e verdadeira, que discuta de forma séria e compreensível como foi cavado este buraco e como é que o País sai dele. Os eleitores devem punir quem tentar desviar as atenções do essencial: da crise, dos seus efeitos e das opções que se colocam para a resolver.
Roubado ao Luis Naves daqui.
Imaginem um alcoólico a cantar e a cambalear numa esplanada sob o olhar, ora divertido ora reprovador, dos transeuntes.
Sem conseguir manter o equilíbrio, já de gatas, começa a vomitar.
Até quem achou inicialmente graça ao canto desafinado e rufia do bêbado, começa a ficar incomodado.
Mas a pré-inconsciência etílica retirou-lhe a última restia de senso e o figurão deita-se sobre o próprio vomitado e rebola-se enquanto arrota.
Ainda é possível piorar, mas é dessa forma que tenho observado o desempenho dos nossos governantes.
Chegados à beira do abismo para o qual nos conduziram e perante a necessidade de um imperioso acordo para recuperar a já pouca credibilidade internacional, assistimos a um continuo de comportamentos irresponsáveis, reprováveis até para um pré-adolescente.
Cada vez mais receio que o bêbado, ignorando o público, ainda vá defecar e depois brincar com as próprias fezes.
Mais desemprego e mais crise económica num mundo em recuperação ou com um crescimento exponencial.
E o alerta do FMI é claro: vem aí um ajustamento «muito duro».
A contrariar a tendência da maioria dos países do mundo, Portugal vai contrair 1,5% em 2011 e 0,5% em 2012. Ora, na Europa, as economias deverão crescer, em média, 2%; a Rússia deverá crescer 4,5%; o continente asiático, muito impulsionado pela China, 6,8%; a América do Norte 3% e a América do Sul, com Brasil à cabeça, 4,2%. Até no continente africano, o crescimento económico deverá ser acima de 4%.
Portugal fica assim isolado das economias do mundo inteiro, desenvolvidas ou emergentes, mesmo atrás da Grécia e da Costa do Marfim, únicos países que, em 2011, vão sofrer quedas na economia real juntamente com o nosso país."
Agência Financeira, 11 de Abril de 2011
Ouvir alguém dizer o óbvio é por vezes surpreendente. Os assobios que se ouvem em fundo são um indicador da distância do actual PS (Partido Sócrates) da realidade e mostra como uma vitória socialista levaria o país não à falência porque isso é um facto consumado, mas à total alucinação.
Com uma história de mais de oito séculos, as batalhas travadas por soldados portugueses foram inúmeras. Nem todas vitórias, nem todas derrotas. Algumas mais importantes que outras, mas em todas houve esforço e sacrifício individual por um ideal colectivo.
Aos olhos de hoje podemos considerar que os objectivos de cada uma delas terá sido mais ou menos razoável, totalmente justificado ou simplesmente descabido. Ainda assim, o esforço individual este sempre presente.
A história é contada pelos vencedores e aos derrotados nem sempre é reconhecido o empenho e o sacrifício.
A participação do nosso país na Primeira Guerra Mundial serviu essencialmente para credibilizar a República recém instaurada perante os aliados, nomeadamente o Reino de Inglaterra, e para defender os territórios africanos dos interesses coloniais alemães.
As tropas lusas do Corpo Expedicionário Português foram enviadas para a Flandres e aí passaram um inverno especialmente chuvoso e frio. Por lhe ter sido distribuído o sector de menor altitude da toda a região passaram todo o inverno dentro da lama provocada pela água da chuva bombeada pelos alemães colocados nos locais mais elevados, assim como pelos seus esgotos.
Devido a diversos problemas políticos em Portugal, os nossos soldados acabaram por nunca terem sido rendidos ao ritmo trimestral previsto e praticado pelos demais exércitos. No final do Inverno, nove meses após a sua chegada, o moral era baixíssimo. Os oficiais com influência política conseguiam licenças e nunca mais voltavam. Verificaram-se deserções e suicídios.
No início da primavera, a 9 de Abril, quando o tempo começava a melhorar, deu-se a Batalha de La Lys. Completam-se hoje 93 anos.
Todos já ouvimos falar da estrondosa derrota que sofremos. O ataque alemão foi preparado durante todo o inverno, e foi a última grande ofensiva das forças do Eixo antes da sua rendição em Novembro desse ano.
Os poucos sobreviventes regressaram gaseados e incapacitados para uma vida que para muitos foi curta e difícil.
O país que por incapacidade governativa, aguarda hoje pela ajuda financeira internacional é o mesmo que esquece os seus soldados. Veremos as referências que esta data terá hoje nos media nacionais.
"(...) revela interesse no momento e sofreguidão pelo poder."
José Sócrates.
Já está. A realidade vergou o tipo. O triste alívio que senti ao ver Primeiro Ministro do meu país a assumir a incapacidade da República em cumprir com as suas obrigações financeiras, só tem explicação pela clivagem e pelo clima de persiguição que Sócrates insituiu na sua relação com todos os que se lhe opõem. Desse modo levou-nos à falência, dividiu o país e enfranqueceu a democracia.
Na conferência de impensa após o jogo, um dos derrotados da noite (os outros foram os 10 milhões de portugueses) não hesitou em tentar manter as mentiras e apontou o chumbo do PEC IV como a causadora da sua/nossa derrota. Mas como disse o Bruno Nogueira no Tubo de Ensaio, os PEC's de Sócrates fazem lembrar aquelas gordas que enfardam três brigadeiros, duas fatias de bolo de bolacha, uma de cheesecake e no fim pedem adoçante para o café. Depois da imensa estúrdia de quinze anos de socialismo alimentado por dinheiro dos outros, passo a redundância, a culpa da obesidade mórbida da República, é do Canderel. Sócrates igual a si mesmo.
Em determinada altura Sócrates diz:
- 'O dilema é este: Avançar ou recuar.'
Estávamos em 2009 e os portugueses escolheram avançar... para a bancarrota.
Um video de Campanha do PS de 2009. Cómico e Trágico. Estando o país em contenção deveria ser aproveitado para a campanha eleitoral em curso.
Missão cumprida!!
Estas imagens foram captadas no passado dia 11 de Janeiro, quando o Governo, precavido, antecipava a partida do dia 1 de Abril. Digam lá que eles não são uns bem-dispostos...
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera