Este fim-de-semana decorreu mais uma campanha de recolha de alimentos para o Banco Alimentar. Tudo aponta para tenha sido mais uma campanha bem sucedida na recolha de alimentos. Perante a adversidade os portugueses são generosos.
Do site da Federação de Bancos Alimentares Contra a Fome recolhi este excerto:
"Portugal é um dos países mais pobres da União Europeia, com cerca de dois milhões de portugueses a viver abaixo do limiar da pobreza, ou seja, com pouco mais de 4 euros por dia."
Olhando para estes dados questiono-me sobre tudo quanto durante anos me tentaram convencer, de que o Estado cobra impostos para redistribuir a riqueza numa lógica de justiça fiscal. Nessa linha de raciocínio, pagar impostos era assim além de obrigatório (afinal como o nome indica são-nos impostos) também ético, pois dessa forma estávamos a colaborar com o Estado Social que amparava os mais necessitados.
Após décadas desta conversa que agora classifico sem hesitações como conversa da treta e após milhares de milhões de euros de impostos cobrados, o resultado é este:
"Portugal é um dos países mais pobres da União Europeia, com cerca de dois milhões de portugueses a viver abaixo do limiar da pobreza, ou seja, com pouco mais de 4 euros por dia."
Não vale a pena enumerar os milhões que o morbidamente obeso Estado Português desperdiça em caprichos, mordomias e juros, para concluir que sem mudanças significativas na trajectória, deixaremos para os nossos filhos um país irremediavelmente pobre e endividado.
Os números que o Banco Alimentar nos apresenta são a confirmação da falência do modelo que escolhemos para os governos do nosso país.
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera