2 comentários:
De Eduardo Louro a 8 de Julho de 2010 às 00:23
Paulo, duas pinceladas muito rápidas sobre o tema: o estado social, o velho wellfair state nascido da revolução industrial, que atravessou triunfalmente todo o século xx. A crise que lhe chega neste início de século, eventualmente para ficar, tem duas grande ordens de razões (tudo o resto é conversa!): Uma de natureza estrutural que começa com a queda do muro e se prolonga com a globalização, com a consequente obrigação de concorrência entre economias com diferentes pesos do estado social. As economias dos países desenvolvidos do ocidente - de estado social pesado - passam a ter de concorrer com uma maioria delas sem estado social e sem políticas sociais. A outra é mais conjuntural e tem a ver com os recursos que os estados tiveram de afectar ao combate à crise, em particular à crise financeira. Quando se tratou de salvar o sistema financeiro os liberais hibernaram. Mas os estados não puderam ficar a olhar, tiveram de se chegar à frente e abrir os cordões à bolsa e ao défice. Depois, quando têm de dar resposta ao défice, apertados pelos mesmos que tinham acabado de salvar, claro que já não dá para tudo. Aí aparecem os que tinham hibernado, mas já com os seus problemas resolvidos, a dizer que não pode ser, que o estado não tem nada que se meter em lado nenhum... Às vezes as coisas fazem pouco sentido!


De Paulo Sousa a 8 de Julho de 2010 às 09:41
Sobre a crise financeira já escrevi em tempos, no Vila Forte, que entendo que quem falhou foi a supervisão (Estado) e não os privados que cumpriram a sua natureza de procurar oportunidades de negócio. A crise rebentou por má supervisão ou seja por mau desempenho do estado.
Mas o meu texto vai no sentido da trajectória de que precisamos.
Não falei das propinas, apenas da estomatologia, mas sabemos que a a Constituição não é cumprida nessas referências à educação e à saúde e não será necessário acordar fantasmas e comprar guerras fora de tempo, para evoluir. Esse é o meu ponto.


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