Ah, foi o homem certo no momento certo.
Ah, era o único primeiro-ministro com uma ideia, um plano, um projeto para o país.
Ah, se não fosse ele, não teríamos crescido economicamente.
Ah… Ah… Ah? Ah?? Corrupção? Branqueamento de capitais? Milhões na Suíça? Dinheiro em troca de benefícios a empresas? Passava o dinheiro pela conta de amigos até chegar a si, já bem lavado?
A sério? Diz que sim, que é sério. Bem sério.
O despacho final de acusação da Operação Marquês tem mais de 4 mil páginas. O Ministério Público vasculhou 500 contas bancárias, passou a pente fino milhares de documentos, em Portugal e no estrangeiro, inquiriu 200 testemunhas e mandou gravar não sei quantas horas de escutas telefónicas.
“Senhor Marquês… e o nosso fim do mês?” Sempre que ouço Operação Marquês é disto que me lembro: da música de Sérgio Godinho. “Passe pra cá a carteira/ Da sua algibeira/ Carteira em couro/ Relógio de ouro/ Não lhe faz falta/ E faz-nos jeito à malta”.
Senhor Marquês é apropriado. Sócrates tem um ar nobre, mais nobre do que qualquer político socialista. Fatos impecáveis, postura cuidada, elegante, bem falante.
Bem diferente dos anteriores: diferente de Guterres – bom orador, mas fraca figura (e nem falo do bigode mexicano) –, diferente de Sampaio – retórica incompreensível, pálido e frágil –, Constâncio – à época, nem bem falante. No Palácio de Cristal no Porto ia tendo um treco antes de subir ao palco e enfrentar a multidão.
Já para não falar nos compagnons de route. Sócrates encarnava tudo naquele 2005. O sorriso, os olhos claros, os fatos caros, o verbo fácil.
Era incisivo, feérico, feroz. Combativo e bem parecido. O pacote era perfeito.
Tanto que a maioria absoluta lhe caiu no colo. Ser bem parecido e ter os “ais” das senhoras ajuda imenso a ganhar eleições.
Lembro-me que em 2005, Sócrates teve de passar a beijar criancinhas e velhinhas nas arruadas. O aceno de longe não chegava. Precisava de ser tão simpático como o senhor do cartaz que tinha olhos azuis brilhantes e um sorriso afável. E foi. Em Reguengos de Monsaraz, na última semana de campanha – já tinham saído as primeiras notícias do Freeport no Independente –, teria pegado em anões ao colo, se tivesse encontrado um pelo caminho. Mas de propósito.
Na primeira maioria absoluta, no hotel Altis, a frase lapidar de Sócrates no discurso de vitória ficou-me cravada na memória. É uma frase simples, mas que encerra tudo. “Camaradas, conseguimos!”. Não consigo encontrar o meu texto nessa noite, mas o título era este: porque nele tudo está dito.
“Camaradas, conseguimos tirar o PSD do poder”. “Camaradas, finalmente uma maioria absoluta”. “Camaradas… chegamos ao cofre”. Foi a última que eu realmente ouvi quando Sócrates de sorriso de orelha a orelha e mãos levantadas, encadeava a plateia de socialistas, todos eles sequiosos de mudar de vida, à espera da oportunidade que Durão Barroso lhes lhe tinha tirado em 2001.
“Camaradas, conseguimos!!!!” E Sócrates conseguiu. Praticamente sozinho. Ele e a máquina que o acompanhava sempre a funcionar como um relógio: rodeou-se dos melhores. E dali seguiu caminho, a rasgar.
Os “soluços” eram os casos que iam surgindo. Alguém já se esqueceu que Sócrates sobreviveu à suspeição há mais de uma década? Com a surpresa da detenção, muitos se esqueceram dessas denúncias feitas por jornalistas atentos, dedicados, profissionais e por direções de jornais que não temeram o bullyingjurídico que foram sofrendo durante anos.
Cova da Beira, licenciatura, Freeport, o caso PT/TVI, as tais famosas campanhas negras que Sócrates acusava de serem protagonizadas pela estação de Queluz de Baixo e pelo Público.
“Ah, mas fez obra e impulsionou o país para a “frente” e investiu” e… levou o país aos braços do FMI.
Não vamos discutir política económica ou Formação Brutal de Capital Fixo (vulgo investimento) ou sequer opções do plano. Aliás, não vamos discutir nada porque não estou para isso.
Mas a sério que tem esse passado todo? A sério? É pá, não sabia.
Ceguinhos! Ou parvos, ou mentirosos, ou crédulos, ou imbecis, ou farinha do mesmo saco.
O que eu penso sobre o senhor, o que eu já pensava sobre o senhor, o que eu sempre pensei sobre o senhor, não é revelante para o caso. Mas a verdade é que tive acesso à “peça” mais de perto. E isso é um bom medidor de caráter: o frente-a-frente.
E mesmo que Sócrates seja mitómano, como claramente parece, e acredite nas suas próprias mentiras, é impossível conviver de perto, de muito perto, e não perceber o que ali se passava. A não ser que a sedução nos deixe cegos. Como deixou muitos jornalistas. Muitos, eles e elas, apaixonaram-se pelo magnetismo do animal feroz. Nada contra. Mas um jornalista tem que se imune à paixão. Imagino que não seja fácil – nunca me apaixonei por um político ou um entrevistado –, mas de um jornalista espera-se um bocadinho mais.
Quem acreditou que Sócrates tinha fortuna de família suficiente para aquele tipo de vida? Quem acreditou que era acaso o grupo Lena vencer constantemente concursos públicos, quer fosse para casas pré-fabricadas na Venezuela, quer fosse para a Parque Escolar? Essa conversa já se tinha nos corredores há muitos anos, antes de qualquer processo. Não me lixem: poucos foram os ingénuos que se deixaram magnetizar pelo brilho do grande chefe. Poucos.
Sócrates é um homem com carisma. Facilmente impressiona, facilmente seduz. Impressionou jornalistas, políticos. Impressionou-se com banqueiros, gestores e empresários. Serviu-se de uns. Dele serviram-se uns quantos.
Ambicioso, rapidamente viu a sua oportunidade no Partido Socialista. Em apenas dois anos, venceu no PS e venceu o PS – com uma bancada parlamentar renitente a apoiá-lo. Com dois anos de treino televisivo, rapidamente conseguiu virar os debates quinzenais. O Governo de Santana e o poder de Sampaio facilitaram tudo. Em muito pouco tempo, era primeiro-ministro.
O tirocínio tinha sido curto. Foi deputado, ministro e secretário de Estado do Ambiente. Já na pasta, deixou rasto. Aliás, desde muito cedo que, por isto ou por aquilo, Sócrates deixava rasto. Mas pareciam migalhas: os pardais comiam os restos rapidamente. E rapidamente todos esqueciam.
Para isso muito ajudou a comunicação social que agora rasga as vestes. Quem não se recorda de entrevistas fofinhas de páginas e páginas, de peças sobre o seu mau feitio – com um tom carinhoso, era o zangão dos anões da Branca de Neve, lembram-se? –, de telefonemas ao Zapatero, de longas conversas amenas sobre o crescimento da economia.
Também se lembram das derrapagens orçamentais, do défice a dois dígitos, do aumento salarial aos funcionários públicos, a poucos meses das eleições de 2009 – e a pouco tempo do resgate financeiro.
E também se aperceberam, presumo, dos amigos que teve na justiça: Pinto Monteiro e Noronha de Nascimento seguravam muitas pontas. Cândida da Almeida conduzia tudo com zelo.
Sócrates dominava a comunicação social – quanto mais não fosse pelos constantes telefonemas do gabinete, do próprio, da insistência, da teia que se urdia com a facilidade, da sedução, da agilidade com quem transformava tudo, como encobria e descobria e brincava com as marionetas que se deixam manietar –, mas não como gostaria: queria mais e em curso estava um plano maquiavélico de xadrez, onde o estratega movia os seus peões, soldados e generais prussianos, daqueles que não se amotinam, como prometia Afonso Camões, na altura diretor da Lusa e que passaria para diretor do Jornal de Notícias: tudo no âmbito desse golpe palaciano que o antigo PM queria fazer aos media em Portugal. A todos, numa megalomania típica de Sócrates.
Começava na Global (à época, a Controlinveste) – com Sócrates a determinar diretores para o JN e DN e com Proença de Carvalho no conselho de administração. Passava ainda pelo controlo da TSF (que faz parte do grupo), da TVI também, em join venture com a PT. A RTP já estava. E já agora que o Público fosse “dominável”. Essa seria a tarefa mais espinhosa: o jornal que Belmiro sustentava, e fazia questão que se mantivesse independente, não era “comprável”.
Aliás, foi dali (e da Focus), daquela redação que saíram os primeiros indícios do que Sócrates era, é e sempre foi o mesmo que o Ministério Público agora acusa. José António Cerejo foi processado – assim como o Público e a sua direção – de todas as vezes que descobriu um “podre” na vida de Sócrates. E de todas as vezes ganhou.
Essa perseguição que S. Bento fazia à liberdade de imprensa nunca deixou ninguém revoltado. Nem sequer os jornalistas. Poucos se indignaram. Só os que também faziam investigação sobre as diferentes patranhas de Sócrates.
Os outros estavam maravilhados com os Magalhães, o Chávez, as viagens a todo o lado e mais algum, com o Sócrates a falar espanhol com o Zapatero, com o Sócrates a falar com a Merkel, que o tratava de forma tão afável.
Afinal, quando é que o país teve um primeiro-ministro com ar distinto, como este? Com fatos feitos à medida… com frases lapidares, com resposta pronta para tudo? Quando é que o país teve um primeiro-ministro que não mostrava um pingo de receio, que nunca recuava, que atirava a matar?
Era o cartão de visita de um país em franca recuperação. De um país que tinha deixado de pensar em coisas comezinhas como o défice.
Alguma vez tinha havido um primeiro-ministro tão magnetizante? Não posso falar de Sá Carneiro, não sou desse tempo. Posso até apostar que Sá Carneiro mostrava coragem e virtude. Mas nenhum alguma vez se portou com a altivez de Sócrates. Com a distinção quase “real e nobre” de Sócrates.
“Venha por aqui ver isto/ Senhor Ministro/ Que estes bandidos/ Uns mal nascidos/ Ainda sem dentes/ E já delinquentes”.
Os que durante anos desconfiaram da personagem eram uns ingratos. Ingratos! Porque Sócrates fazia muito pelo país. Infames porque só o queriam atingir com uma reles e “travestida” (lembram-se?) campanha negra. Desprezíveis porque queriam um país pequenino e pobrezinho e não o Portugal do futuro, cheio de luzes e brilhos. Em que banqueiros e gestores de topo eram o milagre nacional. Os que tudo conseguiam. Os empresários mais “isto” da Europa e os mais “aquilo” do mundo. Os “Zeinais”, os “Mexias”, os “Granadeiros” desta vida.
Sócrates tinha aquele ar de quem era incapaz de falhar. Incapaz de errar. Incapaz de cair.
Mas só se ofuscou com brilhos e luzes quem quis. Porque tudo o resto, já estava pelas notícias e pelas reportagens. Até em televisão, no canal com mais audiência. Não há desculpa.
Mas o “senhor Marquês” gozou do facto de muitos jornalistas já não lerem jornais. E de se impressionarem mais em almoços e jantares faustosos em países distantes do que com a verdade seriamente investigada por quem se decidiu a procurar os factos, em vez de se alimentar da forma.
— Judite França
In Blasfémias
bloco de esquerda: uma análise de mercado
O mercado político português é um mercado fechado à concorrência, um regime oligopolista concentrado em quatro grandes prestadores de serviços: PS, PSD, PCP e CDS.
Estes quatro partidos, não por acaso os fundadores do regime e da Constituição política que o rege, definiram, em seu favor, as leis que regem o sistema eleitoral, o mesmo é dizer, o sistema partidário. Criaram regras leoninas que, na prática, impedem a concorrência: limitação de candidaturas independentes, círculos plurinominais com acesso exclusivo a listas partidárias, método de Hondt, financiamentos discriminatórios em razão de resultados eleitorais precedentes, acesso diferenciado aos meios de comunicação social em períodos de campanha eleitoral, limitações rígidas ao financiamento privado dos partidos, etc..
Graças a isto, os quatro partidos fundadores do regime mantêm-se os únicos com poder político real, com acesso aos órgãos de soberania, às empresas públicas, ao poder local, aos canais de informação e de formação de opinião, ao orçamento de estado. Em quarenta anos de democracia, apenas uma força política desafiou, duradouramente, este status quo: o Bloco de Esquerda.
A eclosão do Bloco foi resultado do espírito empresarial de mercado de um grupo de pequenos empresários políticos que conseguiram antecipar as necessidades dos consumidores e aproveitar circunstâncias excepcionalmente benéficas para conseguirem furar o bloqueio oligopolista existente. Esses pequenos empresários andaram, durante muitos anos, a tentar entrar no mercado e vender os seus produtos com as suas pequenas empresas partidárias, sem nenhum sucesso. Resolveram, por conseguinte, juntar os seus pequenos partidos e criar uma empresa maior que, para além de agregar o que cada um deles já possuía, conseguiu um resultado final que ultrapassava a simples soma das partes.
O novo produto oferecido aos consumidores foi cuidadosamente pensado e preparado. Surgiu como um híbrido de radicalismo político e diletantismo académico inofensivo, explorando um conjunto de temas que tinham consumo assegurado e que ninguém à esquerda, desde logo o conservador Partido Comunista Português, tinha interesse em explorar: os direitos das minorias, a descriminalização do aborto, a liberalização do consumo de drogas, a eutanásia, o casamento gay, etc.. Os patrões do Bloco de Esquerda, utilizando o melhor do espírito empresarial, conseguiram antever as necessidades do mercado eleitoral e ofereceram aos consumidores aquilo que eles pretendiam e mais ninguém oferecia. Quando José Sócrates, preocupado com a erosão do PS por causa destes “temas fracturantes” assumidos pelo Bloco, tentou fazer deles bandeiras do seu partido e do seu governo, já era tarde: os eleitores perceberam que o PS ia a reboque do Bloco de Esquerda, o verdadeiro proprietário desses produtos políticos inovadores.
A falência dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes abriu condições de mercado excepcionais para a esquerda, e o Bloco, que teve a sorte de estar já em plena actuação empresarial nessa ocasião, aproveitou-as muito bem. Cresceu acima do Partido Comunista nas eleições legislativas e quase formou maioria absoluta com José Sócrates naquelas que se seguiram.
A estrutura directiva do partido seguiu, também, o bom modelo da empresa capitalista: um Conselho de Administração onde se concentravam todos os poderes deliberativos, no qual tinham assento todos os representantes do seu capital social originário (UDP, PSR, etc.), que foi transposta para as listas eleitorais e para o grupo parlamentar, chefiado por um Presidente – Francisco Louçã – que inegavelmente representava a maioria do capital social da empresa.
Uma vez conseguido sucesso empresarial com um produto inovador no mercado, o Bloco entrou na bolsa de valores políticos, abriu o seu capital ao público e, em consequência, começou a contratar quadros intermédios, aos quais, devido ao crescimento inusitado do partido e à falta de dirigentes que preenchessem todas as suas necessidades, deu responsabilidades, protagonismo e poder.
Só que nenhum destes novos dirigentes do partido tinha a percepção do que custara a Louçã, Fazenda, Miguel Portas e Fernando Rosas, entre outros fundadores, terem alcançado o sucesso empresarial que conseguiram. Eram todos muito novos, estavam fascinados consigo mesmos e com o seu imenso “talento” e, por conseguinte, não valorizaram a empresa à qual foram chamados a participar.
Assim, quando a lei da vida se impôs aos fundadores do partido e estes, por uma ou por outra razão, se tiveram de afastar de funções de responsabilidade, os seus putativos sucessores, quais filhos mimados de ricos capitalistas, não foram capazes de valorizar a herança recebida e, gastando-a perdulariamente em projectos megalómanos e em birras e zangas uns com os outros, desfizeram-na alegremente. Os dois cabeças-de-casal que ficaram a administrar o espólio já não acreditam na sua sobrevivência. Alguns dos herdeiros mais conhecidos passeiam-se por aí com os seus novos carros, a velocidade tresloucada, convencidos que continuarão a ter dinheiro para sustentarem infinitamente os seus luxos. Todos dizem mal uns dos outros e ninguém respeita a memória dos seus antepassados. O PC e o PS assistem, alegremente, ao espectáculo.
A aventura empresarial do Bloco de Esquerda, verdadeiro hino ao espírito empreendedor do capitalismo de livre-mercado, terminará, assim, como muitos dos poucos grupos empresariais portugueses: sem resistir à segunda geração. Paz à sua alma!
Rui A.
Mercado da dívida visto pela esquerda
Taxa de juro da dívida a 10 anos no mercado secundário.
João Miranda, Blasfémias
Não há donos do regime nem pais da pátria*
O que significa interrogarmo-nos sobre se é necessário um novo 25 de Abril? Significa o mesmo que perguntarmos se é preciso um novo Salazar. Por trás de ambas as interrogações está a mesma pulsão antidemocrática, a mesma recusa dos naturais defeitos dos regimes democráticos e o mesmo desejo de impor uma determinada via política sem respeitar as escolhas dos portugueses.
Já sei que muitos vão ficar indignados com a comparação, mas ela tem, do ponto de vista do respeito pelos princípios da democracia, toda a pertinência. Por uma razão simples: ou consideramos que o 25 de Abril foi uma revolução democrática, que devolveu a voz ao povo português, ou consideramos que ele foi mais do isso, que foi também um projecto político com um programa específico, independente da vontade desse mesmo povo português. Aparentemente é isso que pensam os que, por estes dias, proclamaram que “o poder político que actualmente governa Portugal configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores”. Mas que ideais? E que valores? Os do Estado de direito democrático? Não, não é essa a acusação. A acusação não tem a ver com atentados à liberdade ou abusos de poder que façam perigar as regras da democracia. A acusação refere-se antes a políticas concretas – às políticas com que não concordam aqueles que se têm por donos do “espírito do 25 de Abril”.
Ora sucede que, como escreveu um filósofo político de esquerda, Norberto Bobbio, na tradição democrático-liberal – que é tradição ocidental e é a nossa tradição -, “as definições de democracia tendem a resolver-se e a esgotar-se num elenco mais ou menos amplo de regras do jogo”. Mais: “Todas essas regras estabelecem como chegar à decisão política e não o que decidir.” Isto é, a democracia não tem “um espírito” que implique realizar políticas mais à esquerda ou mais à direita, a democracia é tão-somente sobre os mecanismos que permitem decidir, por exemplo, o futuro dos sistemas de Saúde e Segurança Social, não sobre modelos concretos mais públicos ou mais privados.
Nos anos que se seguiram ao 25 de Abril e ao 25 de Novembro era apenas a extrema-esquerda que procurava a sua legitimidade no “espírito” da revolução dos cravos. Agora parecem ser todos aqueles que, pura e simplesmente, não parecem dispostos a aceitar uma realidade política em que, pela primeira vez na nossa história democrática, coincide um Presidente que não é de esquerda com uma maioria parlamentar que também não é de esquerda. No primeiro 25 de Abril em que isso aconteceu fizeram a birra que se viu.
Mais: o que é que significa dizer que “este é o primeiro governo da nossa história democrática que parece querer dispensar a memória de Abril”? Que “memória de Abril” é essa que não pode ser dispensada na opinião do principal partido da oposição? O que será o “rumo de crescimento e progresso”, agora supostamente invertido? Será o rumo que levou a que Portugal tivesse, na última década, o terceiro menor crescimento de todo o mundo (pior só o Zimbabwe e a Itália)? Será o “progresso” referido o do crescimento da dívida, hoje transformada num verdadeiro quarto “d” do regime democrático? E não é verdade que foi este quarto “d” o responsável por estarmos hoje dependentes de credores, logo com menos margem de liberdade?
Numa democracia não existem intérpretes genuínos da vontade popular, existe sim pluralismo e competição entre ideias diferentes. E essas ideias, desde que respeitem as suas regras formais e não visem subvertê-las, são tão legítimas umas como outras. É preciso pois ser claro: quando se invoca “Abril” para combater esta ou aquela opção política, não se está a invocar a democracia, está-se a invocar um qualquer programa revolucionário que hoje, como ontem, um conjunto de heróis diz interpretar. A batalha da Constituinte já foi essa batalha, isto é, a guerra entre a legitimidade dos deputados eleitos e a legitimidade do MFA. A revisão constitucional de 1983 foi mais um passo nesse combate democrático, ao afastar de vez os militares do poder. Agora só se estranha que tantos dos que, nessas alturas decisivas, ajudaram a tornar Portugal numa democracia normal surjam a dizer que, afinal, nos temos de submeter ao “espírito”, ou à “memória”, de Abril, seja lá o que isso quer dizer – ou melhor, isso quer dizer que temos todos de aceitar, sem contestar, as heranças socialistas e estatistas das últimas décadas.
Esta forma de olhar para o nosso país – a mesma que torna aceitável a ideia de que será necessário “um novo 25 de Abril” sem compreender que isso representaria sempre uma ruptura ilegítima da ordem democrática – deriva do complexo de superioridade de que padece boa parte da nossa esquerda (não toda, há excelentes excepções). O fenómeno não é novo: foi Álvaro Cunhal, que tinha a vantagem de não ter complexos, quem escreveu um livrinho sobre a “superioridade moral dos comunistas”, mas de uma forma geral os princípios aí expostos não se distanciam muito dos que alimentam a ideia dominante de que só os políticos de esquerda se preocupam com os pobres e desvalidos. Já os outros, “os políticos neoliberais”, esses limitam-se “a inventar umas coisas para não parecerem frios e impiedosos”. Exacto, não fui eu quem inventou estas palavras e esta caricatura, foi o eurodeputado Rui Tavares neste mesmo jornal, mas ela diz tudo: os que não acham que cabe ao Estado suprir todas as necessidades das pessoas são gente que, no fundo, não presta. E se essa gente se ocupa dos pobres na prática, e não apenas em palavras, então incorre noutro vício fatal, o da “caridadezinha”.
Podia aqui elaborar sobre as contradições morais dos que, cegos por preconceitos ideológicos, têm andado por estes dias a protestar contra uma campanha de recolha de desperdícios para entregar aos mais necessitados, mas não vale a pena. O meu ponto é mais simples: em política a moral, a piedade ou a bondade não são exclusivo de nenhuma tendência ou facção, e as boas intenções não são critério para avaliar o resultado das acções concretas. No mercado das ideias ninguém possui carimbos de validade ou invalidade, pelo que todos estão sujeitos à contestação e ao escrutínio democrático.
É por isso que foi realmente triste ver a forma como Mário Soares se comportou neste 25 de Abril. Ele não é apenas um político como tantos outros: ele é um antigo Presidente da República, a quem o Estado democrático reconhece esse estatuto e os direitos correspondentes, e que por isso tem o dever de respeitar as instituições e, sobretudo, de honrar a casa da democracia, que é a Assembleia da República. Ele que tanto se bateu para fazer vingar a legitimidade democrática contra a legitimidade revolucionária não deve – não pode – aparecer a defender uma alegada legitimidade de “Abril” para deslegitimar quem exerce o mandato democrático. Fazê-lo é uma prova de fraqueza, não de força, na argumentação política. E deixa-o exposto à ideia de que se toma por dono do regime.
José Manuel Fernandes
Público, 27 Abril 2012
"Um mistério nas rendas das PPPs
Tenho andado a pensar neste gráfico que o Luís partilhou connosco…
…e há uma coisa que não me entra na cabeça: por que motivos há uma especie de “vale” na cadência dos pagamentos nos anos de 2012 e 2013? A quebra no ritmo dos pagamentos, como se vê no gráfico, ocorre nas PPPs rodoviárias, e nada na sua entrada em funcionamento permite prever esses dois anos de relativa “poupança”.
Se eu não conhecesse o tipo de políticos que assinaram os contratos – José Sócrates como responsável máximo, Paulo Campos a pôr as mãos na massa – acharia que a folga de 2012/2013 nada teria a ver com um ciclo eleitoral em que, se não tivesse havido dissolução, Sócrates iria novamente às urnas em 2013 e tudo faria para repetir a receita de sucesso de 2009. Mas como conheço aqueles dois figurões começo a crer que eles, com a cumplicidade da Estradas de Portugal, planearam mesmo este ciclo de pagamentos com uma espécie de “folga eleitoral”.
Depois ainda dizem que não estávamos nas mãos de um gangue que não olhava a meios para atingir os seus fins…"
José Manuel Fernandes, Blasfémias
Viciados na mentira
Tínhamos todos certificados de habilitações que não serviam para nada passados pelas Novas Oportunidades. Pontes e tolerâncias e ponto consagrados como direitos constitucionais. Todos os dias eram dias históricos porque um evento com a devida cobertura mediática assim o garantia. Éramos todos tão felizes. As principais questões do país eram quem podia casar com quem. Éramos um verdadeiro salão de festas. Medina Carreira era um tremendista. Os ordenados dos funcionários públicos aumentavam 2,9 num ano. E íamos ter aeroportos, TGV, auto-estradas para todo o lado… Essa mistificação acabou neste dia.
Sócrates e Alberto João foram o lado mais grotesco dessa ilusão mas estão longe de ser os únicos. Anda para aí uma legião de gente que todos os dia inventa uma indignação para justificar não se ter feito antes o que se devia. Confesso que tenho pouca paciência para essse exercício de auto-indulgência mas reconheço que funciona num país que se viciou na mentira. Mas o que se espera é que PS e PSD apresentam propostas ideologicamente sustentadas para o país. Que o PS deixe de andar a fazer de conta que é a água oxigenada deste estado que vive acima das sua possibilidades: onde é que estão as propostas socialistas para governar como socialistas sem nos arruinar? E que o PSD se deixe de esconder atrás da troika para justificar as medidas que se estão a tomar.
Helena F Matos, Blasfémias
O ano em que o céu nos caiu nas cabeças. Felizmente
Não há nada que irrite mais os puristas da política e os idealistas de todas as estações do que recordar-lhes algumas verdades essenciais que qualquer dona de casa conhece. De resto, a simples evocação do termo “dona de casa” deixa-os fora de si. Com razão: as donas de casa fazem contas e conhecem as dificuldades do fim do mês, os fala-barato dos grandes projectos têm tendência para ignorar essas realidades comezinhas.
Ora, para compreendermos os que se passou em Portugal no último ano, temos de perceber que, ao fim de muitos anos de desvario, os portugueses voltaram a fazer contas. E começaram a fazê-lo antes do seu próprio Governo.
Há um ano, para quem já não se recorde, ainda vivíamos num mundo irreal. O primeiro-ministro de então abriu a semana antes do Natal com uma ida a Castelo Branco inaugurar uma Loja do Cidadão, prosseguiu com uma cerimónia no CCB com as IPSS e terminou sentado, pela sexta vez, ao volante do automóvel eléctrico que traria para Portugal a fábrica de baterias que afinal não veio. A ministra da Saúde passou a semana a contradizer-se sobre a dimensão do buraco orçamental do sector. O ministro das Obras Públicas inaugurou mais dois troços de PPP-alcatrão, daqueles que só acabaremos de pagar lá para 2050. Entretanto os jornais anunciavam que o fecho das contas de 2010 ameaçava ser problemático (foi ainda pior), que a Moody”s poderia cortar o rating de Portugal (cortou mesmo) e que o salário de Dezembro não chegou a tempo a todos os juízes.
Aprecie-se mais ou aprecie-se menos, já não vivemos neste desvario, apesar de muitas pessoas (como o deputado Pedro Nuno Santos) terem sinceramente saudades dessa época.
O último grande líder político que não tinha medo de assumir que, nas contas públicas, se devia ter o mesmo tipo de preocupação de uma dona de casa foi – poderia deixar de ser? – uma mulher. Margaret Thatcher, é claro. Logo na primeira campanha eleitoral em que participou, em 1949, trinta anos antes de chegar a primeira-ministra, recomendou às suas eleitoras que “não se assustassem com a linguagem complicada dos economistas e dos ministros, antes pensassem na política tal como pensam nos seus problemas domésticos”. Isso para defender que não se deve gastar para além do que se ganha – em casa ou no país.
Quando a “Dama de Ferro” chegou ao poder, no final da década de 1970, uma época de dívidas crescentes e inflação descontrolada, continuou a invocar a mítica dona de casa para lembrar que o endividamento não torna as pessoas mais livres, antes mais dependentes, e que a dependência é uma forma de degradação pessoal e social. E que é fatal para a soberania nacional.
Portugal teve a noção clara do que significava a dependência no dia em que aterraram em Lisboa os enviados da troika. Como “cobradores do fraque”, eles entraram pela nossa casa adentro, vasculharam as contas, ditaram regras, disseram o que podíamos fazer e o que tínhamos de deixar de fazer. Portugal, como acaba de confirmar aEconomist Intelligence Unit no seu índice Index of Democracy 2011, deixou nessa altura de ser “uma democracia plena” para ser apenas uma “democracia com falhas”. Porquê? Porque os portugueses deixaram de poder decidir livremente sobre aspectos essenciais da sua vida colectiva. Porque perdemos soberania.
Antes de o país, e de o Estado, se ver nesta lamentável situação, já muitos portugueses tinham começado a sentir, nas suas economias domésticas, as consequências de anos de vida desvairada. O primeiro choque chegou ainda antes da crise internacional: veio na forma da subida das taxas de juro sentida nos primeiros meses de 2008, momento a partir do qual começaram a chegar a muitos empregadores notificações para reterem parte dos ordenados de alguns trabalhadores, retenção feita a favor dos seus credores. Se olharmos para o índice de confiança dos consumidores do INE, confirmamos que é nessa altura, há mais de três anos, que os portugueses começam a desacreditar.
Para muitos portugueses aquilo que o Governo está a fazer agora – apertar o cinto, e muito – é o que eles já começaram a fazer há bastante tempo. A linguagem simples e directa de Vítor Gaspar não lhes é estranha. Pelo contrário.
Mesmo assim, em Portugal, continua a ser tabu considerar que o Estado se deve comportar com a probidade e o rigor de uma dona de casa. Isso ainda é visto como um insulto. Mas tal não impediu que uma parte da linguagem doméstica dos lares com dificuldades no fim do mês tivesse ganho foros de alforria: “Não há dinheiro.” Tal como um pai que recusa mais um pedido de um filho, o ministro das Finanças começou por repetir aos seus colegas, e estes agora repetem ao país a mais dura das verdades: o dinheiro acabou.
Foi esta a realidade com que todos (ou quase todos, há sempre uns irredutíveis proponentes de novos “investimentos”) fomos confrontados em 2011. Foi este o céu que nos caiu em cima da cabeça. E por muito duro que tal seja, ainda bem que sucedeu. Mais tempo passasse e mais peso teríamos de suportar, mais difícil seria sacudirmos a dependência.
Durante muitos anos, em Portugal, na Europa, no mundo ocidental, um optimismo esfuziante permitiu que se chegasse ao poder com base em lemas do tipo “as coisas só podem ficar melhores”, como sucedeu com Tony Blair em 1997. Não parecia mais necessário realizar escolhas dolorosas ou ter de fazer sacrifícios: o progresso chegaria naturalmente, bastavam as boas intenções da famosa “Estratégia de Lisboa” (lembram-se? Era a que faria da Europa, em 2010, a economia mais dinâmica do mundo…) e manter viva “a confiança” dos eleitorados.
Nessa época – a época de Blair e de Clinton, de Guterres e de Schroeder, de Prodi e de Jospin – o mapa político da Europa pintava-se de cor-de-rosa e havia “um amigo na Casa Branca”. A ideia thatcheriana de que se devem enfrentar os problemas em vez de os varrer para debaixo do tapete, esperando que se resolvam por si, parecia coisa de um passado longínquo.
Cruel engano, terrível desilusão. Dez anos depois o mapa político da Europa não podia ser mais diferente. Neste momento 97 por cento dos europeus são governados por executivos de centro-direita e a crise não parece estar a abrir caminho a um eventual regresso do centro-esquerda. Pior: sem dinheiro, sem capacidade de endividamento ilimitada, até os governos de centro-esquerda estão obrigados a políticas que antes execravam. Para socialistas e sociais-democratas, terem colocado os seus países e a Europa na mão dos credores correspondeu a um suicídio político de consequências ainda difíceis de prever. Sobretudo pelos que ainda pensam que pagar as dívidas é uma ideia de criança…
Jose Manuel Fernandes, Público e Blasfémias, 23 Dezembro 2011
Carta a um filho sobre estes dias que correm
Escrevo-te no final de um estranho mês de Outubro. Depois de um Verão triste, tivemos sol e calor. Na praia e o mar estava estranhamente calmo. Teriam sido semanas descontraídas e alegres se não fossemos lendo as notícias. Sabíamos que elas, quando chegassem, seriam más – mas não estávamos à espera de notícias tão más.
Não sou funcionário público e ainda nem falei com o teu avô, que perderá, nos próximos anos, os subsídios de férias e de Natal. Mas sei que os funcionários públicos e os pensionistas estão atordoados. É natural. Não estavam à espera. Ninguém estava à espera. Mesmo eu, que há muito defendia a necessidade de diminuir os gastos com a função pública, não imaginava que fosse assim.
No entanto tenho a percepção da fatalidade. Julgo que muita gente a tem. O dinheiro acabou. O nosso e até o que nos emprestam. Não posso nem quero imaginar que fosse através de mais impostos que se resolvessem as aflições do próximo Orçamento, como parece sugerir o Presidente da República. Não posso nem quero imaginar que o governo deste país continuasse a fazer como os governos do passado, a fingir que cumpria as metas disfarçando as dívidas.
É por isso que não posso deixar de pensar: o que foi que nos trouxe até aqui? O que foi que nos meteu neste poço a que só agora vemos as paredes escuras, negras?
Também te escrevo envergonhado. Porque escrevo para te dizer, por exemplo, que quando tiveres a minha idade, se ainda andares por este país, continuarás a pagar centenas e centenas de quilómetros de auto-estradas que se degradarão antes de chegarem a ter movimento que se veja. Ou para te alertar que bem antes de chegares à idade da reforma o sistema de pensões terá entrado em colapso (dizem-me que ainda haverá dinheiro para os da minha idade, mas não acredito).
Escrevo-te sobretudo para te contar como desperdiçámos a melhor oportunidade de um século de história. Ou mesmo dos últimos dois séculos.
Sei que muitos andam por aí a culpar “os políticos”. Têm razão: houve muita irresponsabilidade política, houve dolo e houve corrupção. Há alguns figurões a que nunca perdoarei, e espero que o país não perdoe. Mas eu não culpo só “os políticos”. Ou só “os banqueiros”, apesar de estes também terem contribuído para a irresponsabilidade do festim. Eu culpo também uma nação que se embebedou com a ilusão da riqueza fácil, do sonho de “ser como os outros europeus” no espaço de uma década.
No outro dia pus-me a olhar para o meu carro. Seria necessário ter um modelo tão bom? Não. Mas tudo estava feito para que o tivesse. Em poucos anos, Portugal encheu-se de automóveis. Na Europa só os italianos têm proporcionalmente mais carros do que os portugueses. O parque automóvel de Lisboa é imensamente mais rico do que o de Copenhaga ou Estocolmo. Mas não só. Somos o povo com mais telemóveis. E o que mais casas próprias comprou. Até casas de segunda habitação.
Muitos da minha geração fizeram tudo para proporcionar aos filhos os bens de consumo a que eles próprios não haviam tido acesso, mas não fizeram o suficiente para que muitos da tua geração saíssem mais cede de casa dos pais. Há quem diga que é assim porque ainda acreditamos nos valores familiares, mas eu desconfio. Afinal com que família sonhamos se, ao mesmo tempo, somos um dos países da Europa onde nascem menos crianças?
Não te vou contar a história de todas as oportunidades falhadas. Ou de todas as políticas criminosas. Ou de todos os roubos, que também os houve. Prefiro tentar, mais humildemente, explicar como te expropriámos o futuro.
Nasceste, como eu nasci, num país de cultura atávica. Num país onde se prefere a protecção do nepotismo ao risco da emancipação. Um país habituado à segurança, mesmo que na pobreza relativa. A revolução não nos mudou, apenas transformou tudo em direitos. Os empregos tinham de ser para a vida, de preferência empregos no Estado. Ninguém pôde tocar nas rendas antigas, pelo que a minha geração teve de ir á procura de casa própria e a tua… nem isso. Os despedimentos são tabu. Houve até quem assumisse “direitos” como a reforma aos 55 ou 56 anos.
Neste país não há profissões: há posições. Quem as ocupa chama-lhes suas, e barra os caminho a todos os competidores. Neste país não há feriados: há “pontes” e fins-de-semana alargados. Neste país detesta-se a avaliação: somos todos “bons” ou “muito bons”. Neste país fala-se muito dos jovens, mas não há oportunidades nem bons olhos para os mais novos.
Enquanto a economia foi crescendo, enquanto o dinheiro (primeiro o dos emigrantes, depois o da Europa) foi chegando, parecia que corria tudo bem. Mas isso tinha de acabar, e acabou. Foi nessa altura que o desemprego dos da tua idade começou a disparar. Antes de disparar todo o desemprego. Ninguém que, nessa época, chamasse a atenção para a insustentabilidade da nossa economia era ouvido. Gozava-se com o Medina Carreira. Diziam que todos os que chamavam a atenção para o risco de nos embebedarmos com os juros baixos eram apenas “velhos do Restelo”. Na nossa vida privada, compravamos mais um plasma. No Estado, contratava-se mais uma PPP para outra auto-estrada.
Quando penso no que nos aconteceu como país, e no que aconteceu ao Estado, lembro-me das campanhas da Cofidis e outras empresas de crédito fácil. Para muitos, esse dinheiro ao virar da esquina e a ilusão de que os ordenados aumentariam todos os anos, levou-os a comprar hoje o que julgavam poder pagar amanhã. Até que começaram a ver o salário penhorado por dívidas e, mesmo sem perderem os empregos, perderam os rendimentos.
O país todo portou-se da mesma forma. Desde 1995 que consumimos, em média, mais dez por cento do que produzimos. Sempre a crédito. Sempre com dívidas maiores. Sempre sem sermos capazes de nos emendarmos a tempo.
O que se passou no Estado – por via de vários governos centrais, dos governos regionais e das autarquias – foi muito pior. Inventaram-se expedientes para continuar a gastar sem pagar. Já deves ter ouvido falar das PPP’s, mas são só uma parte do problema. Há empresas públicas fictícias que, para financiar o Estado, lhe compram os imóveis e, depois, lhos alugam. Outras que fazem as obras para as quais não há (nem havia) dinheiro, como nas escolas. Outras, como as de transportes, que são veículos de endividamento. Se na Madeira se construiu uma marina que nunca teve barcos, em Lisboa há outra marina na Expo que nunca serviu para nada e em Beja um aeroporto vazio. O Alqueva já consumiu milhões e ainda não rega um hectare. E por aí adiante. A lista é infindável e o espantoso é que os autores dos desmandos andam por aí a rir e a atirar setas aos que, agora, tentam concertar a casa em ruínas.
Vivemos de mentiras – votámos mesmo em mentiras apesar de vários alertas – e na ilusão de que o dinheiro chegaria sempre. Não chegou. A factura que estamos a pagar é imensa. A que te vamos deixar, além de imensa, é imoral.
Chegámos a uma altura em que um governo nos veio dizer que temos de empobrecer. Admiro-lhe a frontalidade (gostei muito de ver, por exemplo, a franqueza com que o ministro das Finanças se explicou na televisão). Gosto da lufada de ar fresco que representa esta sinceridade.
A ti isso pouco te importa. O que conta é saber se saímos inteiros do embate deste “martelo-pilão”, como lhe chama o Pacheco Pereira. Acho que sim. Podemos ter um Orçamento que é como “um Houdini algemado dentro de uma camisa-de-forças fechado num aquário de água salgada”, uma imagem do Pedro Guerreiro, mas tal como o Houdini não temos alternativa senão safarmo-nos.
Talvez tenhas ouvido dizer que assim se acrescenta recessão à recessão. É verdade, mas só num primeiro momento. Depois, a única esperança que a minha geração pode devolver à tua é quebrar o ciclo da dívida e permitir que, sem loucuras, os bancos possam voltar a financiar a economia. Prosseguir o caminho que vinha detrás é alimentar a ilusão de que, continuando o Estado a gastar dinheiro, ou a estimular o consumo que nos levou ao endividamento, a economia recupera. Não acredites: afunda-se ainda mais. E passará aos da tua idade um passivo ainda maior.
O dever dos que têm a minha idade, sobretudo dos que, melhor ou pior, viveram os anos do bem-bom e estão razoavelmente instalados, não é declarem-se “indignados” por perderem alguns direitos – é aceitarem que algum ajustamento nos seus hábitos, mesmo um ajustamento doloroso e duro, é necessário para libertar recursos para os que têm realmente razões para se indignarem. Os da tua idade.
A minha geração passou a vida a reivindicar direitos pagos pelo dinheiro de todos. Ainda hoje continuo a ouvir por todo lado gente a pedir que se use o Estado para “apostar” na economia, o que quase sempre significa apostar nas empresas amigas. Possa a tua geração fazer em Portugal o que tantos de vocês fizeram emigrando: correr riscos, inovar, trabalhar com ambição, cerrar os dentes. A muitos da minha geração só se lhes saírem da frente. Mesmo deixando-te as SCUT’s para pagar.
Público, 21 Outubro 2011
Transportes públicos aumentam 15%
1. O preço dos transportes para os utentes vai aproximar-se do valor real.
2. Utentes passam a ter incentivo para seleccionarem melhor o local onde vivem e a localização do emprego que têm (efeito positivo desta medida terá que ser complementado com medidas que liberalizem o mercado de arrendamento)
3. Empresas passam a ter um incentivo para se localizarem nas cidades satélite, tornando-as mais autónomas e reduzindo os movimentos pendulares (como os custos de transporte aumentam, o diferencial de salários entre o centro e a periferia vai aumentar)
4. O Estado reduz o subsídio à suburbanização dos grandes centros urbanos.
5. Empresas públicas de transportes deixam de destruir tanto valor.
6. Aquele mundo esquizofrénico em que se subsídia a mobilidade e o combate à desertificação dos centros históricos começa a acabar.
7. A conversa “o local X não tem transportes” passa a fazer menos sentido. A partir do momento em que se reconhece que o transporte público não é barato, pressão para expansão da rede pública e do respectivo buraco financeiro diminui.
João Miranda, Blasfémias
Entidades do Sector Institucional das Administrações Públicas 2009
Fonte: INE
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A. N. M. P. – Associação Nacional de Municípios Portugueses
Abomarão – Associação de Freguesias da Aboboreira e Marão
Abranpolis, Empresa de Desenvolvimento E.M.
Academia das Artes da Maia – Produções Culturais E.M.
Acção Pdl – Empresa Municipal de Urbanização, Requalificação Urbana e Ambiental
Adl – Águas de Longroiva, Exploração e Gestão de Águas Termais, E.E.M.
Adral – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A.
Ain – Agro-Industrial do Nordeste, S.A.
Am – Aquário da Madeira, E.M.
Amagás – Associação de Municípios Para O Gás
Amagra – Associação de Municípios Alentejanos Para A Gestão Regional do Ambiente
Amalga – Associação de Municípios Alentejanos Para A Gestão do Ambiente
Amamb – Associação de Municípios do Alto Alentejo para o Ambiente
Ambifaro – Agência Para O Desenvolvimento Económico de Faro, S.A.
AMC – Vouga Associação de Municípios do Carvoeiro – Vouga
Amcal – Associação de Municípios do Alentejo Central
Ampv – Associação de Municípios Portugueses do Vinho
ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias
Anima Cultura – Sociedade de Concepção e Gestão de Projectos de Animação e Desenvolvimento
Sócio-Turístico, Unipessoal Lda
Apor – Agência Para A Modernização do Porto, S.A.
Área Metropolitana de Leiria
Área Metropolitana do Porto
Areal Dourado – Eventos, Gestão de Equipamentos Desportivos e Culturais e Acção Social, E.E.M.
Assoc. de Munic. /Cascais Oeiras e Sintra P/. Tra. /Resd. Sólidos – (Amtres)
Associação de Freguesias da Cidade de Beja
Associação de Freguesias da Raia e do Côa
Associação de Freguesias da Ribeira dos Cadelos
Associação de Freguesias de Direito Público da Cidade de Santarém
Associação de Freguesias de Direito Público de Arganil
Associação de Freguesias do Concelho da Lourinhã
Associação de Freguesias do Concelho de Évora
Associação de Freguesias do Concelho de Óbidos
Associação de Freguesias do Município de Mafra
Associação de Municípios da Ilha de São Miguel
Associação de Municípios da Ilha do Pico (Amip)
Associação de Municípios da Região Dão-Lafões
Associação de Municípios da Região de Setúbal
Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão
Associação de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano
Associação de Municípios das Terras de Santa Maria
Associação de Municípios do Alto Tâmega – AMAT
Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
Associação de Municípios do Baixo Sabor de Fins Específicos
Associação de Municípios do Distrito de Évora (Amde)
Associação de Municípios do Douro Superior
Associação de Municípios do Enxoé (Ame)
Associação de Municípios do Norte Alentejano
Associação de Municípios do Oeste
Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte
Associação de Municípios do Pinhal Litoral
Associação de Municípios do Vale de Sousa – VALSOUSA
Associação de Municípios do Vale do Ave
Associação de Municípios do Vale do Cávado
Associação de Municípios do Vale do Côa
Associação de Municípios do Vale do Douro – Norte
Associação de Municípios do Vale do Douro-Sul
Associação de Municípios do Vale do Minho
Associação de Municípios Loulé/Faro – A.M.L.F.
Associação de Municípios Para Estudos e Gestão da Água – Amega
Associação de Municípios para o Ensaio de Materiais
Associação de Municípios Raia – Pinhal
Associação de Municípios Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis
Associação dos Municípios da Cova da Beira
Associação dos Municípios da Terra Quente Transmontana
Associação dos Municípios das Regiões Bairrada/Vouga
Associação dos Municípios do Triângulo
Associação Freguesias Serra Caramulo
Associação Intermunicipal Alo – Digital
Associação Intermunicipal de Água da Região de Setúbal – A.I.A.
Associação Intermunicipal Serra Estrela
Associação Municípios Natureza e Tejo
Associação Municípios Pinhal Interior Sul
Associação Portuguesa dos Municípios Com Centro Histórico
Associação Regional dos Municípios do Vale do Távora
Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago Alqueva
Avale – Associação de Freguesias do Vale do Leça (Maia)
Avepark – Parque de Ciência e Tecnologia, S.A.
Baixa Pombalina Sru – Sociedade de Reabilitação Urbana E.M.
Barrosana – Administração e Gestão do Património do Município E.M.
Basto Solidário – Serviços de Acção Social e Cuidados de Saúde E.M.
Bragahabit – Empresa Municipal de Habitação de Braga – E.M.
Brancelhe/Cooperativa de Prestação de Serviços Culturais e Turísticos
C. D. R. – Cooperação e Desenvolvimento Regional, S.A.
C.I.M.A.L. – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral
Caça e Turismo Terras de Vimioso Lda
Caid – Cooperativa de Apoio À Integração do Deficiente Ciprl
Cais Invest, Empresa Para O Desenvolvimento do Município de São Roque do Pico, E.M.
Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto – Cedp, S.A.
Centro de Estudos e Formação Aquiles Estaço, Lda
Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Vila Velha de Rodão
Cim do Ave – Comunidade Intermunicipal do Ave
Cmpl – Porto Lazer – Empresa de Desporto e Lazer do Município do Porto, E.E.M.
Coimbra Inovação Parque – Parque de Inovação Em Ciência, Tecnologia e Saúde, S.A.
Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo
Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro – Baixo Vouga
Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo
Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego (Cim-Bm)
Comunidade Intermunicipal do Cávado
Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo
Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima
Comunidade Intermunicipal do Pinhal
Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa
Comunidade Urbana do Vale do Sousa
Comurbeiras – Comunidade Urbana das Beiras
Comurbtâmega – Comunidade Urbana do Tâmega
Culturguarda, Gestão da Sala de Espectáculos e Actividades Culturais E.M.
Culturpico, Equipamentos e Projectos Para O Desenvolvimento do Município das Lajes do Pico,
E.E.M.
Culturval Gestão de Equipamentos Culturais de Vila Real, E.E.M.
D.L.C.G. – Desporto, Lazer e Cultura de Gouveia, E.E.M.
Desenvolvimento Turístico da Costa do Estoril E.M.
Desmor E.E.M.
E. P. F. – Ensino Profissional de Felgueiras Lda
E. P. R. M. – Escola Profissional de Rio Maior Lda
Ecalma – Empresa Municipal de Estacionamento e Circulação de Almada E.M.
Edeaf – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Alfândega da Fé E.M.
Educa – Empresa Municipal de Gestão e Manutenção de Equipamentos Educativos de Sintra,
E.E.M.
Egeac – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.E.M.
Ema – Estádio Municipal de Aveiro E.M.
EML – Empresa Municipal de Urbanização, Requalificação Urbana e Ambiental e Habitação Social
de Lagoa, E.M.
Empet – Parques Empresariais de Tavira E.M.
Empreendimentos do Norte Lda
Empreendimentos Solcalheta, E.E.M.
Empresa de Melhoramentos de Alcanena, S.A.
Empresa Municipal Celoricense-Gestão de Espaços Culturais e Sociais, EM
Empresa Municipal de Cultura e Recreio – E.M.cr de Seia – E.M.
Empresa Municipal de Desportos de Barcelos, E.E.M.
Empresa Municipal de Educação e Cultura de Barcelos E.M.
Ensinansiães – Ensino Técnico-Profissional – Cooperativa de Interesse Público de
Responsabilidade Limitada
Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal
Epa – Escola Profissional de Alte Ciprl
Epave-Escola Profissional do Alto Ave, Sociedade Unipessoal Lda
Epb – Escola Profissional de Braga Lda
Epralima – Escola Profissional do Alto Lima – Cooperativa de Interesse Público e
Responsabilidade Limitada
Ept-Ensino Profissional de Tomar Lda
Escola Intercultural Profissões e Desporto Amadora E.M.
Escola Profissional da Mealhada Lda
Escola Profissional de Vouzela, Soc Unipessoal, Lda.
Escola Profissional do Marques de Valle Flôr, Lda
Espaço Povoação – Empresa Municipal de Actividades Desportivas, Recreativas e Turísticas E.M.
Esuc – Empresa de Serviços Urbanos de Cascais E.M.
Falcão Cultura, Turismo e Tempos Livres, E.M.
Fatiparques – Parques de Negócios Ourém / Fátima, S.A.
Federação das Associações do Município de Oliveira de Azeméis (Famoa)
Federação dos Municípios da Ilha de São Miguel
Feira Viva, Cultura e Desporto, E.E.M.
Figueira Cultura e Tempos Livres E.M.
Figueira Grande Turismo – E.E.M.
Flores Invest, Empresa Municipal de Desenvolvimento, S.A.
Fortaleza de Cascais E.M.
Fozcoactiva – Gestão de Equipamentos Desportivos e Culturais, E.E.M.
Fozcoainvest – Energia, Turismo e Serviços E.M.
Futurolhão – Investimentos e Iniciativas de Desenvolvimento, E.M.
Gaianima – Equipamentos Municipais E.E.M.
Gaiasocial-Entidade Empresarial Municipal de Habitação, E.E.M.
Gamal – Grande Área Metropolitana do Algarve
Geodesis Turis – Promoção e Gestão Turística de Vila de Rei E.M.
Gescadaval – Gestão de Instalações e Equipamentos de Desporto, Cultura e Lazer EM
Grande Área Metropolitana de Lisboa
Grande Área Metropolitana de Viseu
Grande Área Metropolitana do Minho
Guarda Cidade Desporto E.M.
H.S.N. – Empresa Municipal de Habitação Social do Concelho do Nordeste E.M.
Hortaludus, Gestão e Exploração de Equipamentos E.M.
Hotel de Turismo da Guarda Lda
Hpem – Higiene Pública E.E.M.
Icovi – Infraestruturas e Concessões da Covilhã, E.E.M.
Instituto de Educação e Formação do Sorraia Lda
Ipm – Iluminação Pública da Madeira – Associação de Municípios
Lar de Santo António
Lisboa Ocidental, Sru – Sociedade de Reabilitação Urbana E.E.M.
Loulé Concelho Global, Em, Unipessoal, S.A.
Madalena Progresso, E.M.
Maisjuntas – Associação de Freguesias do Concelho da Guarda
Maisourem S.A.
Marc – Mercado Abastecedor da Região de Chaves, S.A.
Mercado Municipal de Faro, S.A.
Mercados de Olhão E.M.
Mercoalcobaca Mercado de Origem de Frutas e Legumes de Alcobaça
Minhocom Gestão Infraestruturas Telecomunicações E.I.M.
Mme – Mercado Municipal de Évora, S.A.
Moveaveiro – Empresa Municipal de Mobilidade E.M.
Ms – Matosinhos Sport, Empresa Municipal de Gestão e Equip Desportivos e de Lazer, E.E.M.
Municipália – Gestão de Equipamentos e Património do Município de Odivelas E.M.
Naturfafe – Prestação de Serviços de Turismo, Desporto, Cultura e Tempos Livres, Crl
Naturtejo – Empresa de Turismo E.I.M.
Nova Meda – Empresa Gestora de Equipamentos Municipais, E.E.M.
Óbidos Requalifica – E.E.M.
Odiana – Associação para o Desenvolvimento do Baixo Guadiana
Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, S.A.
Parque Biológico de Gaia, E.E.M.
Pavilhão do Arade, Congressos, Espectáculos e Animação do Arade, S.A.
Pda Pq Desportivo Aveiro S A
Penafiel Activa – Entidade Empresarial Local, E.E.M.
Pombal Prof – Soc de Educação e Ensino Profissional, Lda
Ponta Delgada Social – Construção, Exploração e Gestão de Equipamentos Sociais, Sociedade
Unipessoal Lda
Portimão Urbis Sgu-Sociedade de Gestão Urbana, E.M.
Porto Santo Verde, Geoturismo e Gestão Ambiental, E.E.M.
Povoainvest – Empresa Municipal de Habitação Social E.M.
Praia Cultural – Cooperativa de Interesse Público e de Responsabilidade Limitada
Praia Em Movimento, E.M.
Primus Mgv – Promoção e Desenvolvimento Regional, S.A.
Prodeso – Ensino Profissional Lda
Proençatur, Empresa de Turismo de Proença E.M.
Profiacademus – Escola Profissional de Santa Comba Dão – Unipessoal Lda
Proruris – Empresa Municipal de Desenvolvimento Rural de Vinhais, E.E.M.
Qualidade de Basto – Empresa Para O Desenvolvimento do Tecido Económico Local, E.E.M.
Regi – Planeamento e Desenvolvimento Regional E.I.M.
Renovarum – Renovação Urbana da Maia Lda
Resiurb – Associação de Municípios para o Tratamento de Resíduos Sólidos
Ribeira Grande Mais Empresa Municipal de Habitação Social Requalificação Urbana
Santa Cruz XXI – Gestão de Equipamentos Municipais e Prestação de Serviços E.M.
Satu – Oeiras – Sistema Automático de Transporte Urbano, E.M., S.A.
Scalabis Norte – Associação de Freguesias de Direito Público do Norte do Concelho
Scalabisport – Gestão de Equipamentos e Actividades Desportivas E.M.
Serpobra – Sru – Sociedade de Reabilitação Urbana E.M.
Sicó Formação – Sociedade de Ensino Profissional, S.A.
Sintra-Quorum – Gestão de Equipamentos Culturais e Turísticos, E.E.M.
Sociedade Teatral Louletana Lda
Sociedade Termal de Monção Lda
Sodenfor – Sociedade Difusora de Ensino da Figueira da Foz Lda
Sodera Investimentos e Projectos, S.A.
Sru Oriental – Sociedade de Reabilitação Urbana E.M.
T.E.G.E.C. Trancoso Eventos, Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos Culturais e de
Lazer E.E.M.
T.M.F. – Teatro Municipal de Faro – E.M.
Teatro Aveirense Lda
Teatro Circo de Braga, S.A.
Tema – Teatro Municipal de Aveiro E.M.
Terras do Infante – Associação de Munícipios
Tgla – Turismo Terras do Grande Lago Alqueva
Tratoser – Tratamento e Serviços Ambientais, S.A.
Trofa-Park – Empresa de Reabilitação Urbana, Desenv Económico, Inov Empresarial e Gestão de
Equip E.E.M.
Tum – Transportes Urbanos da Maia E.M.
Turismo da Serra da Estrela
Turismo de Leiria – Fátima
Turismo de Lisboa e Vale do Tejo
Turismo do Alentejo Litoral
Turismo do Alentejo, E.R.T.
Turismo do Algarve
Turismo do Douro
Turismo do Oeste
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Uniminho – Associação do Vale do Minho Transfronteiriço
Vale-e-Mar – Comunidade Urbana
Valicom Gestão Infraestruturas Telecomunicações E.I.M.
Velasfuturo – Empresa Pública Municipal de Gestão de Equipamentos Culturais, Desportivos,
Económicos e de Lazer, E.E.M.
Vfc Empr – Emp Municipal de Activ Desp Recreativas e Turísticas de Vila Franca do Campo E.M.
Vieira Cultura e Turismo E.M.
Vila Real Social – Habitação e Transportes E.M.
Vila Solidária – Empresa Municipal de Habitação Social E.M.
Vimioso 2003 – Actividades Artesanais e Turísticas de Vimioso E.M.
Vitaguiar – Apoio Ao Desenvolvimento Agro-Industrial E.M.
Vougapark – Parque Tecnológico e de Inovação do Vouga E.M.
Wrc – Web Para A Região Centro, Agência de Desenvolvimento Regional, S.A.
A. D. D. – Associação de Desenvolvimento do Dão
AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego
ADAE – Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura
ADELIACOR – Associação para o Desenvolvimento Local de Ilhas dos Açores
ADENE – Agência para a Energia
ADEPORTO – Agência de Energia do Porto
ADER – SOUSA – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa
ADER-AL – Associação para o Desenvolvimento do Espaço Rural do Norte do Alentejo
ADERES – Associação de Desenvolvimento Rural Estrela Sul
ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra
ADICES – Associação Desenvolvimento Local
ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte
ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano
ADL – Associação de Desenvolvimento Local – Pax Júlia
ADLEI – Associação para o Desenvolvimento de Leiria
ADRACES – Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul
ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal
ADRIL – Associação do Desenvolvimento Rural Integrado do Lima
ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho
ADRUSE – Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela
Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Vouga
Agência de Desenvolvimento Regional do Oeste – ADRO
Agência de Energia e Ambiente da Arrábida
Agência de Energia e Ambiente do Vale do Ave
AGÊNCIA do ARADE – Associação de Desenvolvimento do Arade
Agência Municipal de Energia de Almada – Ageneal
Agência Municipal de Energia de Sintra – AMES
Agência Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo
ALENTEJO XXI – Associação de Desenvolvimento Integrado do Meio Rural
AME CASCAIS – Agência Municipal de Energia de Cascais
AMESEIXAL – Agência Municipal de Energia do Seixal
ARDE – Associação Regional para o Desenvolvimento
AREAC – Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro
AREAL – Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve
AREALIMA – Agência Regional de Energia e Ambiente do Vale do Lima
AREAM – Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira
AREANATEJO – Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo
AREARIA – Agência Regional de Energia e Ambiente da Ria
ARENA – Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores
ASDEPR – Associação para o Desenvolvimento e Promoção Rural
Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega – ADRAT
Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva
Associação de Desenvolvimento das Freguesias da Zona Centro do Concelho de Trancoso
Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro Gralheira
Associação do Douro Histórico
Associação in Loco de Intervenção, Formação e Estudos para o Desenvolvimento Local
Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo
Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo – APRODER
Associação para a Promoção Rural da Charneca Ribatejana
Associação para o Desenvolvimento do Régia-Douro Park
Associação Portuguesa de Energia – APE
Associação Terras do Baixo Guadiana
ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem Cávado e Ave
BEIRA-DOURO – Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro
CORANE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina
DESTEQUE – Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente
DOLMEN – Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega Crl
Douro Superior – Associação de Desenvolvimento
DUECEIRA – Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça
EDVENERGIA – Associação Energia Entre o Douro e Vouga
ENERAREA – Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior
ENERDURA – Agência Regional de Energia da Alta Estremadura
ENERGAIA – Agência Municipal de Energia de Gaia
ESDIME – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste CRL
FLAVIFOMENTO – Associação para o Fomento e Desenvolvimento Sustentável do Município
Chaves
GRATER – Associação de Desenvolvimento Regional
LEADER OESTE – Associação para o Desenvolvimento Rural
LEADER-SOR – Associação para o Desenvolvimento Rural Integrado do Sor
Lisboa E-Nova – Agência Municipal de Energia-Ambiente de Lisboa
LUSITÂNIA – Agência de Desenvolvimento Regional
MAIAINOVA – Associação para a Inovação e Desenvolvimento do Concelho da Maia
Monte – Desenvolvimento Alentejo Central – ACE
NOVALMADAVELHA – Agência de Desenvolvimento Local
OEINERGE – Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras
Pinhais do Zêzere – Associação para o Desenvolvimento
PINHAL MAIOR – Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul
Plataforma Minho – Agência de Desenvolvimento Regional
PROBASTO – Associação de Desenvolvimento Rural de Basto
PRÓ-RAIA – Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro Norte
Raia Histórica – Associação de Desenvolvimento do Nordeste da Beira
Rota do Guadiana – Associação de Desenvolvimento Integrado
RUDE – Associação de Desenvolvimento Rural
S ENERGIA – Agência Local para a Gestão de Energia do Barreiro e Moita
Serra do Açor – Associação de Desenvolvimento Regional
SOL do AVE – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Ave
TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior
Terras de Sicó – Associação de Desenvolvimento
TERRAS DENTRO – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Micro-Regiões Rurais
TRILHO – Associação para o Desenvolvimento Rural
VALSOUSA – Associação para o Desenvolvimento do Vale do Sousa
VICENTINA – Associação para Protecção e Desenvolvimento do Algarve Sudoeste
VILAS FRANCAS DA EUROPA – Associação para o Desenvolvimento Local e Transnacional
“Cimentos” – Federação das Caixas de Previdência
Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários
Caixa de Previdência do Pessoal da Companhia Portuguesa Rádio Marconi
Caixa de Previdência do Pessoal das Companhias Reunidas de Gás e Electricidade
Caixa de Previdência do Pessoal dos Telefones de Lisboa e Porto
Caixa de Previdência dos Trabalhadores da Empresa Pública das Águas de Lisboa, S.A.
Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas
Centro de Gestão Financeira da Segurança Social – Região Autónoma dos Açores
Centro de Segurança Social da Madeira
Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais
Departamento de Acordos Internacionais de Segurança Social, I.P.
Fundo de Garantia Salarial
Fundo de Socorro Social
Fundo Especial de Segurança Social dos Profissionais de Banca dos Casinos
GESTINSUA – Aquisições e Alienações de Património Imobiliário e Mobiliário, S.A.
Instituto da Segurança Social, I.P.
Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social – IGFC
Instituto de Gestão de Regimes da Segurança Social – Região Autónoma dos Açores
Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social
Instituto de Informática e Estatística da Solidariedade
Administração Central Sistema Saúde I P
Administração Região Hidrográfica Alentejo I.P.
Administração Região Hidrográfica Algarve I.P.
Administração Região Hidrográfica Centro I.P.
Administração Região Hidrográfica Norte I.P.
Administração Região Hidrográfica Tejo I.P.
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Administração Regional de Saúde do Alentejo
Administração Regional de Saúde do Algarve
Administração Regional de Saúde do Centro I.P.
Administração Regional de Saúde do Norte
Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E.
Agência Nacional para a Qualificação, I.P.
Agência Nacional PROALV – Programa Aprendizagem ao Longo da Vida
Agência para a Modernização Administrativa I.P.
Arsenal do Alfeite, S.A.
Assembleia da República
Autoridade da Concorrência – Ministério da Economia
Autoridade Nacional de Protecção Civil
Centro de Histocompatibilidade do Centro
Centro de Histocompatibilidade do Norte
Centro de Histocompatibilidade do Sul
Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais
Centro Hospitalar de Caldas da Rainha
Centro Hospitalar de Cascais
Centro Hospitalar de Torres Vedras
Centro Hospitalar do Oeste Norte (CHON)
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema I.P.
Cofre de Previdência da Polícia de Segurança Pública
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR Lisboa e
Vale do Tejo)
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo)
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve)
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro)
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR Norte)
Comissão Instaladora do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia – Inl
Conselho Superior da Magistratura
Costapolis, Sociedade para O Desenv do Programa Polis Na Costa de Caparica, S.A.
Ema – Empresa de Meios Aéreos, S.A.
Empresa de Gestão Partilhada de Recursos da Administração Pública, E.P.E.
Enatur – Empresa Nacional de Turismo, S.A.
Entidade Reguladora da Saúde
Entidade Reguladora do Sector Eléctrico
Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Ep Estradas Portugal S.A.
Escola Nacional de Saúde Pública
Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Escola Superior de Enfermagem do Porto
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Escola Superior Náutica Infante D.Henrique
Estádio Universitário de Lisboa
Faculdade Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbrã – FCTUC
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa
Faculdade de Belas Artes
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Economia da Universidade do Porto
Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
Faculdade de Medicina Dentária do Porto
Faculdade de Medicina Veterinária
Faculdade de Motricidade Humana
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Frente Tejo S.A.
Fundação para a Ciência e Tecnologia
Fundação Universidade do Porto
Fundo de Estabilização Aduaneiro – FEA
Fundo de Estabilização Tributário do Ministério das Finanças – FET
Fundo de Fomento Cultural
Fundo de Intervenção Ambiental
Fundo de Regularização da Dívida Pública – FRDP
Fundo para as Relações Internacionais
Fundo Português de Carbono
Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação
Gabinete do Secretário – Geral Estruturas Comuns ao SIED e ao SIS
Gaiapolis, Sociedade para O Desenv do Programa Polis Em Vila Nova de Gaia, S.A.
Hospital Amato Lusitano – Castelo Branco
Hospital Cândido de Figueiredo
Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes Oliveira
Hospital de Curry Cabral
Hospital de José Luciano de Castro
Hospital de Magalhães Lemos, E.P.E.
Hospital de Nossa Senhora da Conceição de Valongo
Hospital de Reinaldo dos Santos – Vila Franca de Xira
Hospital de São Marcos
Hospital de São Miguel
Hospital de São Pedro Gonçalves Telmo – Peniche
Hospital Distrital de Águeda
Hospital Distrital de Pombal
Hospital Distrital de São João da Madeira
Hospital Distrital do Montijo
Hospital do Arcebispo João Crisóstomo
Hospital do Litoral Alentejano
Hospital do Visconde de Salreu
Hospital Dr. Francisco Zagalo
Hospital Joaquim Urbano
Infarmed – Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento
Instituto da Conservação da Natureza
Instituto de Acção Social das Forcas Armadas
Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e Ao Investimento
Instituto de Ciências Sociais
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. – IFAP
Instituto de Gestão do Crédito Público
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu, I.P.
Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça I.P. – IGFIJ
Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Instituto de Investigação Científica Tropical
Instituto de Meteorologia
Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
Instituto de Orientação Profissional
Instituto de Tecnologia Química e Biológica
Instituto do Cinema e Audiovisual I.P.
Instituto do Desporto de Portugal I.P.
Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.
Instituto dos Museus e da Conservação, I.P.
Instituto Financeiro para O Desenvolvimento Regional I.P.
Instituto Mobilidade e Transportes Terrestres I.P.
Instituto Nacional de Administração I.P.
Instituto Nacional de Emergência Médica
Instituto Nacional de Medicina Legal, I.P.
Instituto Nacional de Recursos Biológicos I.P.
Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge I.P.
Instituto Politécnico da Guarda
Instituto Politécnico de Beja
Instituto Politécnico de Bragança
Instituto Politécnico de Castelo Branco
Instituto Politécnico de Coimbrã
Instituto Politécnico de Leiria
Instituto Politécnico de Lisboa
Instituto Politécnico de Portalegre
Instituto Politécnico de Setúbal
Instituto Politécnico de Tomar
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Instituto Politécnico de Viseu
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Instituto Politécnico do Porto
Instituto Politécnico Santarém
Instituto Português do Património Arquitectónico
Instituto Português do Sangue I.P.
Instituto Superior de Agronomia
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas
Instituto Superior de Economia e Gestão
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação
Instituto Superior Técnico
Instituto Tecnológico e Nuclear
Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I.P.
LNEG – Laboratório Nacional Energia e Geologia I.P.
Maternidade Dr. Alfredo da Costa
Opart – Organismo de Produção Artística, E.P.E.
Parque Escolar E.P.E.
Polis Litoral Norte – Sociedade para a Requalificação e Valorização do Litoral Norte, S.A.
Polis Litoral Ria de Aveiro – Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro, S.A.
Polis Litoral Sudoeste – Sociedade para a Requalificação e Valorização do Sudoeste Alentejano e
Costa Vicentina, S.A.
Polisalbufeira, Sociedade para O Desenv do Programa Polis Em Albufeira, S.A.
Provedoria de Justiça
Rádio e Televisão de Portugal, S.A.
Reitoria da Universidade Técnica de Lisboa
Secção Regional da Madeira do Tribunal de Contas
Secção Regional do Tribunal de Contas Dos Açores
Secretaria – Geral da Presidência da República
Serviço de Acção Social do Instituto Politécnico de Beja
Serviço de Informações de Segurança
Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares
Serviços Acção Social Universidade Dos Açores
Serviços de Acção Social – Instituto Politécnico de Castelo Branco
Serviços de Acção Social da Universidade da Beira Interior
Serviços de Acção Social da Universidade da Madeira
Serviços de Acção Social da Universidade de Aveiro
Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbrã
Serviços de Acção Social da Universidade de Évora
Serviços de Acção Social da Universidade de Lisboa
Serviços de Acção Social da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Serviços de Acção Social da Universidade do Algarve
Serviços de Acção Social da Universidade do Minho
Serviços de Acção Social da Universidade do Porto
Serviços de Acção Social da Universidade Nova de Lisboa
Serviços de Acção Social da Universidade Técnica de Lisboa
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico da Guarda
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Bragança
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Coimbra
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Leiria
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Portalegre
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Santarém
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Setúbal
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Tomar
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico do Porto
Serviços de Acção Social do Instituto Superior Politécnico de Viseu
Serviços de Acção Social Escolar do Instituto Politécnico de Lisboa
Serviços Sociais da Administração Pública
Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana
Serviços Sociais da Polícia de Segurança Pública
Sociedade Polis Litoral Ria Formosa – Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria
Formosa S.A.
Tapada Nacional de Mafra – Centro Turístico, Cinegético e de Educação Ambiental – CIPRL
Teatro Nacional de São João E.P.E.
Tribunal de Contas
Turismo de Portugal, I.P.
Umic – Agência para a Sociedade do Conhecimento I.P.
Universidade Aberta
Universidade da Beira Interior
Universidade da Madeira
Universidade de Aveiro
Universidade de Coimbra
Universidade de Évora
Universidade de Lisboa
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Universidade do Algarve
Universidade do Minho
Universidade dos Açores
Universidade Nova de Lisboa
Vianapolis, Sociedade para O Desenvolvimento do Programa Polis Em Viana do Castelo, S.A.
Viseupolis, Sociedade para o Desenvolvimento do Programa Polis Em Viseu, S.A.
Casa Pia de Lisboa
Cento de Formação e de Inovação Tecnológica (Inovinter)
Centro de Educação e Formação Profissional Integrada (Cefpi)
Centro de Formação Profissional da Indust, de Vestuário e Confecção (Civec)
Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul (Cenfic)
Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado (Cfpic)
Centro de Formação Profissional da Indústria de Fundição (Cinfu)
Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (Cindor)
Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica (Cinel)
Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (Cenfi)
Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil (Citex)
Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (Cepra)
Centro de Formação Profissional das Indústria da Madeira e Mobiliário (Cfpimm)
Centro de Formação Profissional de Artesanato (Cearte)
Centro de Formação Profissional dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Serviços e Novas
Tecnologias (Citeforma)
Centro de Formação Profissional P/. A Indust. /. Eng. de Águas e Termalismo (Cinagua)
Centro de Formação Profissional P/. Sect. da Const. Civil e O. Públicas do Norte (Ciccopn)
Centro de Formação Profissional para a Indústria de Cerâmica (Cencal)
Centro de Formação Profissional para a Indústria de Lanifícios (Cilan)
Centro de Formação Profissional para a Qualidade (Cequal)
Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins (Cecoa)
Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar (Cfpsa)
Centro de Formação Profissional para o Sector da Cristalaria (Crisform)
Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional (Cefosap)
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (Crpg)
Centro Formação Profissional Pescas e Mar (For Mar)
Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor)
Centro Protocolar de Formação Profissional para o Sector da Justiça
Fcm – Fundação para as Comunicações Móveis
Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva
Prevenção Rodoviária Portuguesa
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (Cincork)
Presidência do Governo Regional dos Açores
Gabinete do Presidente e Secretaria-Geral
Secretário Regional da Presidência
Gabinete do Subsecretário Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa
Direcção Regional da Cultura
Direcção Regional da Juventude
Direcção Regional das Comunidades
Vice-Presidência do Governo Regional
Gabinete do Vice-Presidente
Direcção Regional do Orçamento e Tesouro
Direcção Regional de Organização e Administração Pública
Direcção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais
Serviço Regional de Estatística dos Açores
Inspecção Administrativa Regional
Secretaria Regional da Educação e Formação
Órgãos dos Governos Regionais dos Açores
Gabinete do Secretário Regional da Educação e Formação
Direcção Regional da Educação e da Formação
Direcção Regional do Desporto
Inspecção Regional da Educação
Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos
Gabinete do Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos
Direcção Regional dos Equipamentos e Transportes Terrestres
Direcção Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos
Laboratório Regional de Engenharia Civil
Secretaria Regional da Economia
Gabinete do Secretário Regional da Economia
Direcção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade
Direcção Regional dos Transportes Aéreos e Marítimos
Direcção Regional do Turismo
Secretaria Regional do Trabalho e da Solidariedade Social
Gabinete do Secretário Regional do Trabalho e Solidariedade Social
Direcção Regional do Trabalho, Qualificação Profissional e defesa do Consumidor
Direcção Regional da Habitação
Direcção Regional da Solidariedade e Segurança Social
Direcção Regional de Igualdade de Oportunidades
Secretaria Regional da Saúde
Gabinete do Secretário Regional da Saúde
Direcção Regional da Saúde
Direcção Regional da Prevenção e Combate às dependências
Serviço Regional de Saúde
Secretaria Regional da Agricultura e Florestas
Gabinete do Secretário Regional da Agricultura e Florestas
Direcção Regional dos Recursos Florestais
Direcção Regional do desenvolvimento Agrário
Direcção Regional dos Assuntos Comunitários da Agricultura
Secretaria Regional do Ambiente e do Mar
Gabinete do Secretário Regional do Ambiente e do Mar
Gabinete do Subsecretário Regional das Pescas
Direcção Regional da Energia
Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos
Direcção Regional do Ambiente
Inspecção Regional das Pescas
Inspecção Regional do Ambiente
Presidência do Governo da Madeira
Gabinete Regional e Serviços de Apoio
Vice Presidência do Governo
Gabinete do Vice-presidente Serv Apoio e de Representação
Gabinete do Vice-presidente e Serviços de Apoio
Direcção Regional para a Administração de Porto Santo
Direcção Regional da Administração Pública e Local
Direcção Regional da Administração da Justiça
Direcção Regional do Comércio, Indústria e Energia
Direcção Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa
Secretaria Regional dos Recursos Humanos
Gabinete do Secretário, Serviços dependentes e Tutelados
Gabinete do Secretário e Serviços dependentes
Inspecção Regional das Actividades Económicas
Direcção Regional do Trabalho
Inspecção Regional do Trabalho
Loja do Cidadão
Centro de Arbitragem
Direcção Regional de Juventude
Conselho económico e Social da RAM
Secretaria Regional do Equipamento Social
Serviços Dependentes do Secretário Regional
Direcção Regional de Edifícios Públicos
Serviços de Desenvolvimento do Território
Direcção Regional de Infraestruturas e Equipamentos
Direcção Regional de Inform. Geográfica e Ordenam. do Território
Secretaria Regional do Turismo e Transportes
Gabinete do Secretário e Serviços de Apoio
Direcção Regional de Turismo
Direcção Regional dos Transportes Terrestres
Secretaria Regional da Educação e Cultura
Gabinete do Secretário
Direcção Regional de Educação
Direcção Regional de Administração Educativa
Direcção Regional de Formação Profissional
Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação
Direcção Regional de Planeamento e Recursos Educativos
Escolas
Escola Básica e Secundária de Gonçalves Zarco
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Bartolomeu Perestrelo
Escola Básica e Secundária de Machico
Escola Básica e Secundária Da Calheta
Escola Básica e Secundária P. Manuel Alvares, Ribeira Brava
Escola Básica 2º e 3º Ciclos-Estreito Câmara de Lobos
Escola Básica e Secundária de Santa Cruz
Escola Básica Secundária Prof.doutor Freitas Branco-P.Santo
Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio B. de Gouveia
Escola Básica de Santo António – Funchal
Escola Básica e Secundária Bispo D. Manuel F. Cabral-Santana
Escola Básica e Secundária D. Lucinda Andrade – São Vicente
Escola Secundária Jaime Moniz – Funchal
Escola Secundária Francisco Franco – Funchal
Escola Básica do 3º Ciclo do Funchal
Escola Secundária Dr. Angelo Augusto da Silva – Funchal
Escola Básica e Secundária do Carmo
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço
Escola Básica do 2º e 3º Ciclos dos Louros – Funchal
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de São Roque – Funchal
Escola Básica e Secundária do Porto Moniz
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr.Alfredo F.N.Junior-Camacha
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos da Torre-Câmara de Lobos
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniçal
Escola Básica do Porto da Cruz
Escola Básica 2º e 3º Ciclos Francisco M.S. Barreto-F.Ovelha
Escola Básica 2º e 3º Cic.Cónego João J G Andrade-Campanário
Direcção Regional dos Assuntos Culturais
Secretaria Regional do Plano e Finanças
Gabinete do Secretário e Serv. Dependentes Secretário Reg.
Direcção Regional de Orçamento e Contabilidade
Direcção Regional de Finanças
Direcção Regional do Património
Inspecção Regional de Finanças
Direcção Regional dos Assuntos Fiscais
Direcção Regional de Informática
Direcção Regional de Estatística
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais
Gabinete do Secretário Regional
Serviços na área Agro Alimentar e Pescas
Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Direcção Regional de Florestas
Direcção Regional de Pescas
Serviços na área do Ambiente e do Saneamento Básico
Direcção Regional de Ambiente
Direcção Regional de Saneamento Básico
Secretaria Regional dos Assuntos Sociais
Gabinete do Secretário e Serviços de Apoio
Gabinete do Secretário e Sépticos de Apoio
Serviço Regional de Prevenção da Toxicodependência
Direcção Regional de Planeamento e Saúde Pública
APIA – Agência Para a Promoção do Investimento dos Açores, E.P.E.
Atlânticoline, S.A.
Centro de Oncologia dos Açores
Centro de Saúde da Horta
Centro de Saúde da Ponta Delgada
Centro de Saúde da Povoação
Centro de Saúde da Praia da Vitória
Centro de Saúde da Ribeira Grande
Centro de Saúde da Vila do Porto
Centro de Saúde de Angra de Heroísmo
Centro de Saúde de Nordeste
Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa
Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores
Centro de Saúde de Vila Franca do Campo
Cinaçor -Teatro Micaelense / Centro Cultural Congressos
Escola Profissional das Capelas
Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca dos Açores – FUNDOPESCA
Fundo Escolar da EBI de Água de Pau
Fundo Escolar da EBI Canto da Maia
Fundo Escolar da EBI da Horta
Fundo Escolar da EBI da Lagoa – Esc. Pe. João José Amaral
Fundo Escolar da EBI da Maia
Fundo Escolar da EBI da Ribeira Grande
Fundo Escolar da EBI de Angra do Heroísmo
Fundo Escolar da EBI de Arrifes
Fundo Escolar da EBI de Biscoitos
Fundo Escolar da EBI de Capelas
Fundo Escolar da EBI de Ginetes
Fundo Escolar da EBI de Praia da Vitória
Fundo Escolar da EBI de Rabo de Peixe
Fundo Escolar da EBI do Topo
Fundo Escolar da EBI Mouzinho da Silveira
Fundo Escolar da EBI Roberto Ivens
Fundo Escolar da EBS da Graciosa
Fundo Escolar da EBS da Madalena
Fundo Escolar da EBS da Povoação
Fundo Escolar da EBS das Flores
Fundo Escolar da EBS das Lajes do Pico
Fundo Escolar da EBS de Calheta
Fundo Escolar da EBS de Nordeste
Fundo Escolar da EBS de Santa Maria
Fundo Escolar da EBS de São Roque do Pico
Fundo Escolar da EBS de Velas
Fundo Escolar da EBS de Vila Franca do Campo
Fundo Escolar da EBS Tomás de Borba
Fundo Escolar da Escola Secundária Antero de Quental
Fundo Escolar da Escola Secundária da Lagoa
Fundo Escolar da Escola Secundária da Ribeira Grande
Fundo Escolar da Escola Secundária das Laranjeiras
Fundo Escolar da Escola Secundária Domingos Rebelo
Fundo Escolar da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade
Fundo Escolar da Escola Secundária Manuel de Arriaga
Fundo Escolar da Escola Secundária Vitorino Nemésio
Fundo Escolar do Conservatório Regional da Horta
Fundo Escolar do Conservatório Regional de Ponta Delgada
Fundo Regional da Ciência e Tecnologia
Fundo Regional de Acção Cultural da Presidência do Governo Regional
Fundo Regional de Coesão
Fundo Regional do Desporto
Fundo Regional do Emprego
Fundo Regional dos Transportes
Ilhas de Valor, S.A.
Instituto da Alimentação e Mercados Agrícolas – IAMA
Instituto de Acção Social
Instituto Regional Ordenamento Agrário, S.A. – IROA
RIAC – Agência para a Modernização e Qualidade do Serviço ao Cidadão, I.P.
Saudaçor – Sociedade Gestora de Recursos E Equipamentos da Saúde dos Açores, S.A.
Serviço Regional de Protecção Civil e de Bombeiros dos Açores
Unidade de Saúde da Ilha de São Jorge
Unidade de Saúde da Ilha do Pico
Assembleia Legislativa da Madeira
Centro de Estudos de História do Atlântico
Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira
Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural – PAR
Empresa do Jornal da Madeira Lda
Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira
Fundo da Estabilização Tributária da Região Autónoma da Madeira
Fundo de Gestão para os Programas da Direcção Regional de Pescas
Fundo de Gestão para Programas da Formação Profissional
Fundo Escolar – Escola Básica do 3º Ciclo do Funchal
Fundo Escolar – Escola Básica do Porto da Cruz
Fundo Escolar – Escola Básica dos 1º, 2º e 3º Ciclos Prof. Francisco M. S. Barreto
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Bartolomeu Perestrelo
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Cónego João Jacinto Gonçalves Andrade
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos da Torre de Câmara de Lobos
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santo António
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de São Roque
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniçal
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Curral das Freiras
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Estreito de Câmara Lobos
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Doutor Alfredo Ferreira Nóbrega Júnior
Fundo Escolar – Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Horácio Bento de Gouveia
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária Bispo Dom Manuel Ferreira Cabral
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária da Calheta
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária Dª Lucinda Andrade
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária de Machico
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária de Porto Moniz
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária de Santa Cruz
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária do Carmo
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares
Fundo Escolar – Escola Básica e Secundária Prof. Dr. Francisco Freitas Branco
Fundo Escolar – Escola Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva
Fundo Escolar – Escola Secundária Francisco Franco
Fundo Escolar – Escola Secundária Jaime Moniz
Fundo Madeirense do Seguro de Colheitas
Gabinete de Gestão da Loja do Cidadão da Madeira
Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais – I.P. – Região Autónoma da Madeira
(IASAÚDE, I.P. – RAM)
Instituto de Desenvolvimento Empresarial
Instituto de Desenvolvimento Regional
Instituto de Emprego da Madeira, I.P. – RAM
Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira
Instituto do Vinho, Bordado e do Artesanato da Madeira
Instituto Regional de Emprego – I.P. – RAM
Laboratório Regional de Engenharia Civil – I.P. – RAM
Parque Natural da Madeira
PATRIRAM – Titularidade e Gestão de Património Público Regional, S.A.
Ponta do Oeste – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira, S.A.
RAMEDM – Estradas da Madeira, S.A.
SDNM – Sociedade de Desenvolvimento do Norte Da Madeira, S.A.
Serviço Regional de Protecção Civil, I.P. – Região Autónoma da Madeira
Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, S.A.
Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, S.A.
Assembleia Distrital da Guarda
Assembleia Distrital de Aveiro
Assembleia Distrital de Beja
Assembleia Distrital de Braga
Assembleia Distrital de Bragança
Assembleia Distrital de Castelo Branco
Assembleia Distrital de Coimbra
Assembleia Distrital de Évora
Assembleia Distrital de Faro
Assembleia Distrital de Leiria
Assembleia Distrital de Lisboa
Assembleia Distrital de Portalegre
Assembleia Distrital de Santarém
Assembleia Distrital de Setúbal
Assembleia Distrital de Viana do Castelo
Assembleia Distrital de Vila Real
Assembleia Distrital de Viseu
Assembleia Distrital do Porto
Recortado daqui
"Se o FMI viesse pagaríamos uma taxa de juro mais baixa e teríamos a certeza que as medidas de austeridade seriam aplicadas de forma rigorosa e produziriam efeitos positivos. Mas o Primeiro Ministro ficaria coberto de vergonha. Se pagarmos com taxas mais altas para o FMI não vir, salvamos a face de José Sócrates."
Recortado daqui.
Interessa comparar com este excerto do Público.
"Os custos do Governo com a dívida pública devem atingir este ano os 7100 milhões de euros, mais do que o Estado gasta, por exemplo, com todo o Ministério da Educação. A escalada das taxas de juro nos mercados internacionais está a pressionar as contas e vai fazer Portugal gastar, este ano, mais 808 milhões de euros do que aquilo que se previa no Orçamento do Estado (OE). Este valor equivale a quase toda a poupança que o Governo vai obter com o corte de cinco por cento na massa salarial da função pública ou a 80 por cento das receitas extraordinárias decorrentes do aumento do IVA."
Bernard-Henri Lévy defendeu esta semana, no El Pais, que “os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida de forma mais violenta e na maior impunidade”. Mais: “enquanto o anti-semitismo é considerado um crime e os preconceitos anti-árabes ou anti-ciganos são estigmatizados, a violente fobia anti-cristã que percorre o mundo não parece ter qualquer resposta”.
Curiosas palavras vindas de um não-cristão, interessantes considerações proferidas por quem, em tempos, ajudou a fundar o SOS-Racismo. E singularmente coincidentes com as de Bento XVI que, na sua mensagem a propósito do próximo Dia Mundial da Paz, também notou que “os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé”.
São raras as notícias sobre estas perseguições, mas isso não significa que elas não existam – apenas que não lhes é dada a importância que merecem. Parece mesmo existir uma espécie de sentimento de culpa que leva a que, ao mesmo tempo que se destacam os ataques aos crentes de outras religiões, se subvalorizam aqueles de que são vítimas os cristãos – católicos, ortodoxos, evangélicos, baptistas e por aí adiante.
Vejamos alguns exemplos recentes. Na Nigéria o Natal foi marcado por uma série de atentados, de que resultaram 86 mortos, todos reivindicados por uma organização islamista. Em Hanói as autoridades proibiram uma celebração protestante e a polícia carregou sobre os crentes que rezavam na rua. No Azerbaijão foi aprovada legislação que aumenta as multas aplicáveis a todos os grupos que tenham actividade religiosa sem antes se terem registado oficialmente. No Paquistão uma mulher cristã, Asia Bibi, foi condenada à morte por blasfémia. No Irão foram muitos os cristãos que passaram o Natal na cadeia, alguns deles acusados de apostasia (terem trocado a fé muçulmana por outra). Pouco antes do Natal um grupo de cristãos coptas foi morto no Egipto perto da sua igreja. Nas Filipinas uma bomba feriu 11 pessoas durante uma missa no dia de Natal. Na cidade chinesa de Chendgu a polícia invadiu uma igreja na véspera de Natal e levou presos 17 crentes, incluindo uma mulher grávida. Na Índia ocorreram ataques contra comunidades cristãs conduzidos por fundamentalistas hindus. E, no Iraque, onde a intensidade do ataque às comunidades cristãs tem levado a um êxodo em massa, várias cerimónias natalícias foram canceladas após terem sido recebidas ameaças de grupos ligados à Al Qaeda.
Bernard-Henry Levy acrescenta a estes muitos outros exemplos, incluindo a prisão de uma jovem internauta na Palestina de Mahmud Abbas, a tentativa de assassinato do arcebispo de Kartum, Gabriel Zubeir Wako, a perseguição aos cristãos evangélicos da Eritreia, ou a morte a tiro do padre Christian Bakulene na República Democrática do Congo. O terrível destino da comunidade de monges franceses que vivia num mosteiro católico na Argélia e foi assassinada por um grupo de fundamentalistas islâmicos, e que Xavier Beauvois nos conta no belíssimo filme “Dos Homens e dos Deuses” (ainda em exibição), está longe de ser um exemplo isolado de violência sectária.
Não faltará quem, como alerta o filósofo francês, esteja pronto a fechar os olhos perante estes crimes lembrando o antigo estatuto de religião dominante do Cristianismo. É um disparate imenso sob todos os pontos de vista. Primeiro, porque todas as vidas humanas têm o mesmo valor, e nada nos permite diminuir a integralidade de qualquer ser humano, seja ele hindu, muçulmano, ateu ou cristão. Depois, porque se é verdade que os cristãos, como tantos outros, promoveram “guerras santas”, não se pode ignorar que a emergência dos valores modernos da liberdade, da igualdade e da dignidade humana medrou em sociedades cristãs, nelas tendo ganho corpo e foros de cidadania muito antes de tal ocorrer noutras civilizações. É bom recordar, por exemplo, que na primeira república democrática moderna, os Estados Unidos, a liberdade religiosa antecedeu a liberdade política e, como justamente notou Tocqueville, a forte presença da religião na sociedade não impediu a criação de um Estado forte e separado das igrejas.
Bento XVI, que dedica precisamente a sua mensagem de 1 de Janeiro de 2011 à liberdade religiosa, nota que esta se radica “na própria dignidade da pessoa humana” e está “na origem da liberdade moral”, pois se estabelece que “cada homem e cada grupo social estão moralmente obrigados, no exercício dos próprios direitos, a ter em conta os direitos alheios e os seus próprios deveres para com os outros e o bem comum”, como proclamou o Concílio Vaticano II. Invocando a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Papa defende que excluir a religião da vida pública torna mais difícil “orientar as sociedades para princípios éticos universais” ou “estabelecer ordenamentos nacionais e internacionais nos quais os direitos e as liberdades fundamentais possam ser plenamente reconhecidos e realizados”.
Na mira do chefe da Igreja Católica está um laicismo radical que se traduz na “hostilidade contra a religião” e numa limitação ao “papel público dos crentes na vida civil e política”. É neste quadro que Bento XVI não se limita a desejar que terminem as perseguições sectárias aos cristãos na Ásia, em África ou no Médio Oriente, mas também faz votos para que “cessem no Ocidente, especialmente na Europa, a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos pelo facto de estes pretenderem orientar a própria vida de modo coerente” com os seus valores.
Em causa não está a laicidade das instituições ou o direito de crítica, que no Ocidente é exercida com veemência sem que suscite apelos à censura por parte das igrejas cristãs (ao contrário do que sucede com os muçulmanos). Em causa está, isso sim, saber se é legítimo despedir uma enfermeira em Inglaterra porque esta insistiu em usar um crucifixo. Ou se, também em Inglaterra, é legítimo levantar um processo contra um psicólogo que distribuiu aos seus colegas de serviço um desdobrável sobre os efeitos negativos do aborto com base no argumento de que isso é “perturbador”.
Entretanto chegam-nos de Espanha outro tipo de notícias perturbantes. Em Lérida um imã radical criou uma milícia privada que anda pelas ruas a perseguir os muçulmanos que têm comportamentos não ortodoxos (na forma de vestir, por exemplo), perante a indiferença das autoridades. Enquanto isso, na província de Cádiz, um jovem muçulmano fez queixa na polícia do seu professor de geografia por este ter falado, nas aulas, das condições em que fabricava presunto (o ministério público espanhol teve, neste caso, o bom senso de arquivar a queixa).
O contraste entre estas situações faz-nos regressar à ideia de que tendemos a olhar para a violência anti-cristã com critérios mais condescendentes ou mesmo com um espírito compreensivo. É como se entendêssemos que todos os cristãos devem carregar um novo “fardo do homem branco”, sendo obrigados a penar, pelos cinco continentes, os pecados da colonização e, por isso, sendo sempre culpados de todos os males mesmo quando estão inocentes…
*Público, 31 Dezembro 2010
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera