Nos números apresentados com entusiasmo pelo Governo PS, e nos quais já ninguém acredita, nunca constaram os que respeitam à emigração que marcará este princípio da segunda década do Sec XXI português. Fala-se em mais de 350.000. Os destinos são os habituais, França, Suíça, Reino Unido, tendo agora especial destaque Angola, onde hoje trabalham entre 70.000 e 80.000 portugueses. Todos nós conhecemos alguém que emigrou ou está para emigrar.
Como sempre partem à procura do que cá não têm, e que são acima de tudo perspectivas de uma vida melhor. Lá fora fazem, invariavelmente, jus à fama dos portugueses, bons trabalhadores, gente ordeira e com capacidade de criar riqueza.
A facilidade com que alguns países atraem mão-de-obra, mais ou menos qualificada, é simétrica à eficácia dos últimos governos em espantar portugueses em idade produtiva. Sem estes, números o desemprego seriam bem superiores.
Se compararmos esta vaga de emigração com as anteriores há no entanto algo de novo. O nível de formação dos que partem é globalmente bastante elevado. O grosso da coluna da actual emigração portuguesa é constituído pela geração mais qualificada de sempre. Esta será mais uma herança do socialismo no nosso país.
Este video mostra-nos retratos de uma emigração qualificada, e feliz, e que aqui e ali acena com um rasto de esperança. Um dia irão voltar. Essa será uma oportunidade para mudarmos o país. Acredito nisso. Só falta saber quando teremos capacidade de os trazer de volta.
No passado dia 11 o Liberation fez noticia sobre um assunto que parece ser tabu nos media portugueses. Desde há cinco anos emigraram 350.000 portugueses! Todos os portugueses conhecem alguém que emigrou há poucos anos, mesmo antes da famosa crise financeira internacional.
Os principais destinos são o Reino Unido, Espanha, Suiça e Angola.
Este será também um dos legados da governação socialista.
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera