Se a vida na terra tivesse 24 horas, o ser humano teria apenas aparecido apenas nos últimos minutos. Isto significa que o conceito do "fim do mundo" é geologicamente recente pois só existe desde que o primeiro humano formulou esse pensamento. Antes disso existia apenas mudança permanente e que afinal nunca foi interrompida. Os equilíbrios da natureza são importantes e dependemos deles, mas não são permanentes nem definitivos. Tal e qual como a espécie humana.
É altamente ver na TV os ursos polares a caçar, especialmente num écran grande e numa sala escura. O que perturba é o locutor a garantir que o fim do mundo vem aí, e que se não nos arrependermos eles vão morrer. Provavelmente irão mesmo extinguir-se tal e qual como aconteceu a milhares de outras espécies ao longo do imenso dia da vida na terra. De alguns deles nem sequer sobraram fósseis, o que os coloca em pé de igualdade com os dragões que nunca existiram.
Nesse longo dia a importância do glifosato é tanta como a das microfibras que são libertadas quando a nossa roupa vai para a máquina de lavar e que dentro em breve será a heresia da moda. Sem roupa lavada o mundo será um lugar pior para viver e sem glifosato (na UE) teremos de comprar batatas aos mercados emergentes onde a sua utilização é permitida.
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera