Actualidade e lugares

Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011
Sinais de esperança

 

 

Sinais de esperança nos políticos da minha geração. 



publicado por Paulo Sousa às 23:00
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Terça-feira, 28 de Junho de 2011
A crise, a esquerda e a liberdade

 

A falência do Lehman Brothers em 2008 acordou o mundo para a crise financeira que hoje vivemos e ainda viveremos nos próximos tempos. Desde então o discurso da esquerda em geral e dos que não apreciam os EUA, onde se incluem os regimes autoritários, organizações terroristas, etc, insistem em explicar a origem da referida crise à luz da sua ideologia ou do seu ódio. Todos concordam em afirmar que o capitalismo e o neo-liberalismo (ainda não entendi a insistência no prefixo neo) foram os causadores da actual situação. Face às nefastas consequências da crise, a esquerda exige de imediato que seja reforçado o peso do Estado na economia para assim se evitar que se repita tamanha desgraça.

A solução apresentada, de reforçar a presença do Estado na economia e na sociedade, é um erro que se baseia num diagnóstico errado do que se passou.

A inovação está sempre associada a criatividade, à evolução tecnológica e à criação artística. É a inovação que faz crescer a economia, que agita os cérebros dos investigadores e dos cientistas, que cria riqueza e a distribui. Sem inovação não teríamos electricidade, medicamentos, motores de combustão, internet, … e sem isso ainda estaríamos na Idade Média.

A inovação resulta assim de uma atitude que ronda o limiar do que nunca foi feito. Foi exactamente essa atitude que levou à criação dos chamados activos tóxicos. Os seus efeitos chegaram onde chegaram porque os órgãos de supervisão das economias, ou seja o Estado, falhou no seu controlo.

Observemos as ervas que na natureza ocupam os espaços abandonados. É da natureza existirem sempre sementes a serem empurradas pelo vento à procura de condições para germinar. Muitas perdem-se na busca de condições para germinar, mas outras conseguem ficar depositadas onde há temperatura e humidade favorável. Até no meio das pedras da calçada, aparece erva. As ideias inovadoras são como as sementes empurradas pelo vento, algumas criam riqueza e outras não. Nesta comparação os órgãos de supervisão funcionam, ou deveriam ter funcionado, como os jardineiros que têm por função eliminar as ervas que nascem nos locais errados. Falharam na sua tarefa e o outrora exuberante jardim entrou em desequilíbrio. É correcto dizer que foram as ervas que nasceram onde não deviam? Elas que apenas obedeceram à sua ordem natural de germinar? Ou foi o jardineiro, o órgão regulador do jardim, que não cumpriu o seu papel?

Perante este falhanço do Estado, quer agora a esquerda aumentar o número de jardineiros, um por semente talvez. Assim poderão cumprir a sua essência que é limitar a liberdade dos demais.



publicado por Paulo Sousa às 08:00
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Domingo, 1 de Agosto de 2010
Pobres, nós? Nãaa!

Recebido por email.

 

"Olá Pessoal,
Um amigo meu estava há uns dias à conversa com um Nova Iorquino no msn, que conhece razoavelmente portugal, pois já cá trabalhou, e ao choradinho tipico dos portugueses, que são pobres e desgraçados ele respondeu assim:
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português: Sabes, nós os portugueses, somos pobres ...
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro?
Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, pagais ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm "impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e no gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc., que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso BPP quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado.

Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a rendimento se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros.

Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade.

Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.

Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.

Vocês, portugueses, ou são uns estúpidos ou uns mansos."

Discordo totalmente com a conclusão... nada disso, estamos é quase, quase a viver num paraíso socialista.

Quando achamos normal que o Estado não nos deixe decidir sobre o tipo de poupança que pretendemos para a nossa reforma e nos obriga a contribuir para o sistema público, não reparamos que o que em causa não são as Finanças Pùblicas mas sim a liberdade do individuo perante o Estado.

Os exemplos são imensos, basta um pouco de atenção.



publicado por Paulo Sousa às 13:00
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Quarta-feira, 21 de Julho de 2010
Sobre a constituição

Sobre as constituições liberais, neutras e de esquerda.

Recomendo a leitura deste post do João Miranda no Blasfémias.



publicado por Paulo Sousa às 11:00
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Terça-feira, 6 de Julho de 2010
Fórum Jornal de Leiria

 

Seguindo o repto do Jornal de Leiria, transporto esta questão aqui para o Vale do Anzel.

 

Saúde e educação gratuitas fora da constituição?

 

 

"O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu em entrevista ao Diário Económico que a constituição deve deixar de contemplar a Educação e a Saúde como tendencialmente gratuitas e suportadas pelo Estado. Segundo Passos Coelho, deve-se acabar com um Estado que “enfia pela goela abaixo dos portugueses o social que cada Governo quer” até porque, afirma ainda, na prática são cada vez mais os portugueses que recorrem aos hospitais e escolas privados, acabando por pagar duas vezes.

O líder do PSD garante, no entanto, que “o fim da Educação e Saúde tendencialmente gratuitas não significa que o acesso a estes serviços será deteriorado, antes pelo contrário”.

Que comentário lhe merece este assunto?"

 

 

Pedro Passos Coelho assume-se sem pudor como um liberal. No nosso país isso é realmente inovador e, no meu entender, louvável. Se procurarmos entre os parceiros europeus, os que menos sofreram com a crise e que mais rapidamente estão a sair dela, encontraremos exactamente aqueles em que o Estado tem menor peso. Se pelo contrário procurarmos os Estados-Membros menos liberais e com maior peso do Estado na economia, encontramos exactamente a Grécia e Portugal no topo desse ranking. Perante estes factos, que são inegáveis, a esquerda tuga exige que o Estado controle ainda mais o dia-a-dia dos portugueses (veja-se o levantamento do sigilo bancário) e lança ainda mais proibições e obrigações.

De facto, perante o muro de betão que avança a toda a velocidade na nossa direcção, importa mudar de rumo e dar mais espaço à criatividade dos cidadãos e das empresas. Mais liberalismo precisa-se.

Há muito que sinto que liberdade no nosso país ficou, depois do 25 de Abril, refém da esquerda. A esquerda bacoca chega a emocionar-se quando cantam as cantigas da revolução, mas quase lhes saem os olhos das órbitas quando alguém diz que o Estado controla demasiado a sociedade.

Mas será que essa mudança de rumo se deve iniciar por alterações à constituição? Sobre este ponto discordo da sequência. Ao lançar o debate desta forma Passos Coelho arrisca-se a comprar uma guerra para a qual sabe como entra (como reconhecido próximo PM do país) e não sabe como sairá dela.

Da mesma forma que o facto da saúde não ser gratuita no nosso país (a quem acreditar nisso pergunto se da última vez que foi ao dentista recorreu ao SNS) coexiste com essa referência na lei fundamental, o rumo do país pode ser alterado sem que se comece por acordar fantasmas e recalcamentos da esquerda reinante.



publicado por Paulo Sousa às 22:00
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O Futuro e os seus inimigos

 

de Daniel Innerarity

 

Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental

 


Teorema

 


 

 




 

Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos

 

 

de José Manuel Lopes

 

 

 

O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.


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