Acabei de ler este livro.
A história passa-se no ano de 1918, ano da Batalha de La Lys de má memória, da Gripe Espanhola que em quatro meses matou mais de 120.000 e ano da governação de Sidónio Pais.
Portugal vivia nessa época um período de grande turbulência política, onde os partidos, a Carbonária, a Maçonaria recorriam frequentemente às armas para fazerem valer as suas opiniões.
Sidónio Pais chegou ao poder após um golpe de estado no final de 1917 e foi assassinado um ano e dez dias depois, na Estação do Rossio. Foi dos mais adorados e odiados Presidentes da República. Tentou apaziguar a relação entre República e a Igreja, tendo sido o primeiro PR a assistir a uma missa.A relação próxima que tinha com a Alemanha (foi embaixador de Portugal naquele país até à entrada na Primeira Guerra), a admiração que tinha pelo regime ditatorial então em voga na Europa, as perseguições políticas aos seus opositores e o culto da imagem que promoveu, permitem antever que se o seu poder perdurasse poderia ter conseguido o que só foi possível em 1926 pela mão de Salazar.
A história desenrola-se à volta de Asdrúbal d'Aguiar, médico legista do recém criado Instituto de Medicina Legal, que por força do seu ofício, percebe que a versão oficial do assassinato do Presidente da República não corresponde à verdade.
Ao mesmo tempo que vive uma tragédia pessoal por força da Gripe Espanhola, vê-se obrigado a escolher entre honrar o juramento de Hipócrates e abalar um sistema de Justiça e Judiciário decrépito.
Li este livro em pouco tempo por ser pequeno, e só não é menor porque o seu editor escolheu um tamanho de letra e um espaçamento entre linhas avantajados.
O estilo do autor, que nunca tinha lido, não me entusiasmou.
Leitura diária
Debaixo de olho
O Futuro e os seus inimigos
de Daniel Innerarity
Um livro que aposta numa política do optimismo e da esperança numa ocasião em que diminui a confiança no futuro. Boa parte dos nossos mal-estares e da nossa pouca racionalidade colectiva provém de que as sociedades democráticas não mantêm boas relações com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político, e a cultura em geral, estão virados apenas para o presente imediato e porque o nosso relacionamento com o futuro colectivo não é de esperança e projecto mas de precaução e improvisação. Este livro procura contribuir para uma nova teoria do tempo social na perspectiva das relações que a sociedade mantém com o seu futuro: de como este é antevisto, decidido e configurado. Para que a acção não seja reacção insignificante e o projecto se não converta em idealismo utópico, é necessária uma política que faça do futuro a sua tarefa fundamental
Teorema
Cachimbos: Marcas, Fabricantes e Artesãos
de José Manuel Lopes
O mais completo livro sobre cachimbos, da autoria do jornalista José Manuel Lopes, presidente do Cachimbo Clube de Portugal. Profusamente ilustrada, esta obra a que poderíamos chamar enciclopédica, dá-nos ainda em anexo uma completíssima lista de clubes e associações do mundo inteiro e dos seus sites.
Quimera